Polícia Federal prende Cláudia e Robério, ex-prefeitos de Eunápolis e Porto Seguro

A Polícia aponta esquema milionário que era chefiado pelo casal Robério e Cláudia

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O casal José Robério Oliveira (PSD) e Cláudia Oliveira (PSD), ex-prefeitos de Eunápolis e Porto Seguro respectivamente, foram presos durante mais uma fase da Operação Fraternos da Polícia Federal, que investiga fraudes milionárias em contratos públicos de prefeituras.

A Operação foi iniciada em novembro de 2017, para investigar crimes cometidos entre 2008 e 2017, nas prefeituras de Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália. Também é apontado pela polícia como integrante do esquema o prefeito de Santa Cruz Cabrália, Agnelo da Silva Santos (PSD). Ele foi afastado do cargo por 180 dias.

Agnelo foi reeleito prefeito em 2020. A candidatura dele chegou a ficar sub judice, porque ele não estava com situação regular na Justiça Eleitoral, e o registro foi julgado como indeferido. No entanto, o julgamento do recurso foi favorável a ele, que assumiu novamente o cargo.

Na época, as investigações da PF apontaram que, quando ainda prefeitos, em 2009, Claudia Oliveira, José Robério Olveira e Agnelo Santos (Santa Cruz Cabrália )– todos parentes – usavam empresas familiares para simular licitações e desviar dinheiro de contratos públicos. Cláudia Oliveira é casada com José Robério e irmã de Agnelo Santos.

Também são alvos dos mandados outras quatro pessoas: Humberto Adolfo Gattas Nascif Fonseca Nascimento, Ricardo Luiz Rodrigues Bassalo, Marcos da Silva Guerreiro e Edmilson Alves de Matos. Todos os detidos tiveram mandados de prisões preventivas expedidas pela Vara Criminal Federal de Eunápolis, a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Além de Eunápolis e Porto Seguro, mandados também foram cumpridos em Vitória da Conquista e Salvador. A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores de cerca de R$ 11 milhões dos investigados. De acordo com a PF, os investigados responderão por organização criminosa, fraude a licitações, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Ainda segundo a PF, os contratos fraudados somam cerca de R$ 200 milhões.

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