Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União desarticulou um esquema criminoso que teria feito desvios milionários a partir de fraudes em licitações feitas. Além do crime de fraude licitatória, o grupo é suspeito de desvio de recursos públicos, peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.
A terceira fase da Operação Overclean cumpre 16 mandados de busca e apreensão e uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público. Os mandados estão sendo cumpridos em Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Aracaju.
De acordo com a CGU, a organização criminosa teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de contratos fraudulentos e obras superfaturadas. As investigações apontam que há indícios de direcionamento de recursos públicos, obtidos a partir de emendas parlamentares e convênios, para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais, utilizando superfaturamento de obras e desvios financeiros.
A primeira fase da Operação Overclean foi desencadeada no dia 10 de dezembro e investigou o direcionamento de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a prefeituras baianas. O esquema contava com o apoio de policiais, que repassavam informações sensíveis à organização criminosa, como a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas.