O Instituto Butantan iniciou as obras para a construção de uma nova fábrica de soros com linha de produção completa, na qual será possível elaborar inclusive soros em pó, e para a edificação do Museu da Vacina, novo espaço voltado à divulgação científica.
O Centro Avançado de Produção de Soros terá 6,6 mil metros quadrados e cinco pavimentos, e deve ficar pronto em 2023. Quando entrar em operação, a fábrica absorverá, em uma única planta, a produção de todos os 12 tipos de soros que o instituto produz, e fornece ao Ministério da Saúde, contra toxinas de animais peçonhentos e micro-organismos.
Com investimentos de R$ 34,5 milhões, a fábrica contemplará desde o processamento do plasma até o envasamento dos frascos e terá um liofilizador. O aparelho vai permitir que os produtos líquidos do Butantan sejam desidratados e transformados em pó, mantendo as propriedades neutralizantes mesmo sem refrigeração. “Isso fará com que os soros estejam mais acessíveis, principalmente em regiões inóspitas onde os acidentes com animais peçonhentos são muito comuns”, explica a gerente do Núcleo de Produção de Soros, Fan Hui Wen.
Os soros são produzidos a partir da inoculação dos antígenos do veneno, toxina ou vírus em cavalos, o que resulta na produção de anticorpos hiperimunes. O plasma onde estão esses anticorpos é coletado e submetido a processamento industrial, utilizando métodos físico-químicos, purificado, formulado e envasado.