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O movimento foi ordeiro e percorreu a principal avenida da cidade

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Um movimento pacifico e ordeiro foi registrado na tarde desta segunda-feira, 29, na avenida do Cinquentenário, em Itabuna, Sul da Bahia, por familiares e amigos do soldado Wesley Soares Goés, assassinado no início da noite de ontem em Salvador, após um suposto episódio de surto psicótico.

Policiais Militares e Civis de Itabuna e Ilhéus, além de Guardas Civis do Município também participaram do ato que teve o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o despreparo dos policiais envolvidos na ação, bem como cobrar nomes de quem autorizou alvejar o PM.

Durante o protesto, muito se falou da situação de pressão psicológica que Wesley vinha passando. “Repudiamos a ação do Bope. Com marginal são muitas horas de negociação com a presença da família, mas com ele nada disso foi feito. Queremos saber quem mandou o policial atirar. Estamos com nosso coração rasgado”, desabafou um policial durante a manifestação.

E completou frisando que os policiais militares da Bahia estão precisando de atendimento psicológico, em razão de pressões, da pandemia, entre outro motivos. “Estamos com PMs doentes. Há 15 dias outro colega de Itabuna surtou”, citou.

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Coronel Paulo Coutinho // Foto de Mateus Pereira/GOVBA

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O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho, prestou esclarecimentos sobre a ação da PM na contenção do policial Wesley Soares.

Segundo o coronel Coutinho: “A situação não permitia, inclusive pela distância, a utilização de uma pistola de condicionamento. A tropa estava sendo atacada com uma arma de guerra, um fuzil. Efetivamente, é um potencial de letalidade grande. As ações foram desencadeadas com o objetivo de retirá-lo do enfrentamento”. O coronel informou também que a PM possui equipe de psicólogos para atender a tropa. “Temos uma equipe de psicólogos e fomos reforçados, recentemente, com 20 psicólogos clínicos para atendimento de policiais militares em todo o estado”.

O coronel Coutinho destacou ainda: “Um policial militar que não apresentava problemas de comportamento, não deu sinais em qualquer momento de distúrbios, trabalhava em Itacaré, assumiu o serviço ontem [domingo, dia 28] pela manhã em Itacaré e dirigiu-se ao Farol da Barra, armado, pra fazer aquela situação que nós nos envolvemos como ocorrência crítica, no veículo dele próprio. Trouxemos, inclusive, uma irmã dele, no helicóptero da corporação, em uma tentativa de negociação para encerrar aquela situação”, revelou o comandante-geral.

Ontem, domingo (28.mar), Wesley dirigiu-se ao Farol da Barra, em Salvador, aparentando um quadro de surto psicótico e, por volta das 14h, começou a atirar com um fuzil, primeiramente para o alto e, no final da tarde, contra a própria tropa da Polícia Militar presente no local, colocando em risco também a vida dos moradores da região.

Ele foi neutralizado e encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde acabou morrendo no final da noite.

Dê e assista a entrevista do coronel Coutinho ⤵️

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