Evento aconteceria em maio, mas prefeitura decidiu pelo cancelamento já que o momento é de crise

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A prefeitura de Morro do Chapéu decidiu cancelar a tradicional Feira Agropecuária por causa da crise causada pela seca na região. O anúncio foi feito ontem (3.abril) depois de uma reunião entre a prefeita Juliana Araújo (PDT) e alguns vereadores.

O evento aconteceria no mês de maio, mas, segundo o comunicado da prefeitura nas redes sociais, foi cancelado pelas ”ações institucionais voltadas ao combate e enfrentamento da seca”. A crise já é considerada uma das mais severas dos últimos anos.

A Feira Agropecuária de Morro do Chapéu é um dos maiores eventos do setor na região da Chapada Diamantina e reúne criadores, produtores, expositores e turistas. Além da exposição de criadores de equinos, caprinos, ovinos e bovinos de corte e leite, o evento também conta com atrações musicais.

📷 Reprodução Redes Sociais

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Nos últimos 30 anos, volume do rio foi reduzido para menos da metade

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As mudanças climáticas afetaram gravemente a vazão do rio São Francisco. Um estudo do Laboratório de Análise Processamento de Imagens de Satélites da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) apontou que o volume de água do Velho Chico foi reduzido para menos da metade em 30 anos, de 1991 a 2020.

A vazão do Velho Chico passava de 4.500 m³/s e, atualmente, fica abaixo de 1.000 m³/s nos períodos de seca extrema, como a que o Brasil enfrenta. A estiagem também reduziu o volume de água de todos os 168 afluentes do rio.

Os resultados do estudo foram publicados no periódico internacional Water, que divulga pesquisas científicas relevantes na área de gestão de recursos hídricos em todo o mundo. Segundo os pesquisadores, essa situação afeta toda a extensão do São Francisco, desde a nascente, em Minas Gerais, até a foz, entre os estados de Alagoas e Sergipe, mas é mais grave no Baixo São Francisco, entre a represa de Xingó e a foz do rio, onde enormes ilhas continuam se formando.

📷 Reprodução TV Globo

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Produção leiteira regional já diminuiu 50%

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A Associação dos Agropecuaristas do Sul da Bahia (ADASB) já contabiliza os prejuízos causados pela estiagem nos últimos meses e avalia o cenário como desolador. A estimativa da ADASB é que, até o final do El Niño, haja uma perda estimada de 10 mil cabeças de gado.

Na produção leiteira regional, já houve uma queda de 50%. A falta de chuva regular gera escassez de água e alimento para o gado, o que causa prejuízos, além da elevação dos preços da carne, do leite e derivados.

O presidente da ADASB, Aldrin Veiga Trevisan, disse que é necessário um decreto reconhecendo a gravidade dos reflexos dessa estiagem no campo.

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