Lei foi regulamentada pelo governador Jerônimo Rodrigues após grupo atacar indígenas que ocupam fazenda em Potiraguá

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O Governo da Bahia oficializou terça (23.janeiro) a criação de uma Companhia da Polícia Militar para mediar os conflitos agrários e urbanos. A nova companhia vai integrar a estrutura do Comando de Operações Policiais Militares para planejar, coordenar e executar ações de segurança necessárias para o cumprimento de mandados judiciais de manutenção ou reintegração de posse.

A lei foi sancionada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) um dia após cerca de 200 pessoas atacarem um grupo de indígenas que, desde o último sábado (20.janeiro), ocupa uma fazenda em Potiraguá, na região sudoeste.

A companhia atuará em questões envolvendo indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais, além de movimentos sociais e grandes coletivos de pessoas. Os militares designados para compor a estrutura receberão formação especializada em mediação de conflitos; gestão de crises; estrutura agrária do Brasil; combate ao racismo e promoção dos direitos de povos e comunidades tradicionais, podendo intervir de maneira preventiva e intersetorial com metodologias inovadoras de diálogo social e promoção de uma cultura de paz.

O governo baiano também anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir a questão dos conflitos por terras no estado e propor estratégias de construção de soluções pacíficas para a regulamentação fundiária dos povos tradicionais.

Líder indígena foi morta e cacique ficou ferido

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Nesse domingo (21.janeiro), um confronto entre fazendeiros e indígenas terminou com uma líder indígena morta e um cacique gravemente ferido na zona rural de Itapetinga. Dois fazendeiros foram presos em flagrante por suspeita de envolvimento nos crimes.

Segundo a secretaria de Segurança Pública, o grupo de ruralistas decidiu tomar a posse de uma fazenda e expulsar os indígenas do local sem ter uma decisão judicial. O resultado foi que os índios não aceitaram sair e houve confusão.

Durante o conflito, Maria de Fátima Muniz de Andrade, mais conhecida como Nega Pataxó, foi baleada e não resistiu aos ferimentos. Já o cacique Nailton Muniz Pataxó ficou ferido e foi levado para um hospital da região.

O governador do estado, Jerônimo Rodrigues (PT), realizou uma reunião emergencial ainda ontem para avaliar a situação. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, desembarcou na região hoje (22.janeiro) para acompanhar a apuração dos fatos.

📷 Reprodução/Redes Sociais

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