"Acredito que vai haver diálogo e Geraldo vai apoiar Augusto Castro nas próximas eleições", declara Alcântara sobre pleito de 2024 // 📷 Fotos Reprodução/TVI Itabuna

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O presidente do PSD de Itabuna e secretário municipal de Esportes e Lazer, Alcântara Pellegrini, foi entrevistado pelo jornalista Val Cabral no programa Olho no Olho, da TVI. Durante o bate-papo, Pellegrini falou sobre a atuação do PSD no Sul da Bahia, além do cenário eleitoral para 2024 e o anúncio da pré-candidatura de Geraldo Simões (PT) a prefeito.

Alcântara disse que, apesar de estar há muito tempo no meio político, foi a identificação com o PSD que o fez se filiar à legenda. O secretário destacou, também, o alto número de eleitos pela sigla de 2020 até agora: 📌 “Temos 13 prefeitos do PSD no Sul da Bahia. Temos 78 vereadores do partido e, na maioria, os presidentes das Câmaras são do PSD. Na Bahia, temos 117 prefeitos da legenda. Isso é gestão e compromisso!”.

Questionado sobre as possibilidades de reeleição dos gestores no pleito de 2024, Alcântara citou os municípios onde acredita que há mais chances: 📌 “Jussari, onde o prefeito tem uma projeção de gestão muito boa, que já chegou a 78%. Em Itabuna, eu vejo Augusto quebrando a coisa da não reeleição por conta da responsabilidade com que ele tem feito a gestão, principalmente na parte fiscal. Ele ficou um ano e meio cuidando da gestão fiscal, limpando o nome de Itabuna em várias questões, trouxe de volta um crédito para dar um suporte a partir de agora. Temos, também, a reeleição em Itajuípe, acredito muito que a gente possa fazer. Marão tem uma folga por conta da gestão de excelência. Ele fez uma gestão muito boa, mudou a cidade. Eu digo sempre que existem duas cidades, uma antes e outra depois de Mário. Em Ilhéus, acredito muito na indicação dele porque acredito que ele tenha uma carta na manga. Em Arataca, também acredito na reeleição de Ferlú porque tem feito uma gestão de excelência”.

Ao defender a gestão do prefeito Augusto Castro, o secretário disse que a população não consegue enxergar as benfeitorias realizadas até agora: 📌 “Itabuna avalia mal a gestão. Se você colocar a mente pra funcionar, nós temos o governo Augusto Castro que entrou em um ano de pandemia, entrou salvando vidas e poucas pessoas lembram. Colocamos um Hospital de Campanha que salvou muitas vidas. As pessoas esquecem que o CEMEPI estava fechado, aí Augusto reformou e abriu. As pessoas esquecem que as mães saíam daqui pra ter filhos em outro lugar e Augusto resolveu. As escolas estavam deterioradas e ele reformou grande parte. As pessoas esquecem que havia unidades de saúde fechadas, com teto caindo e a maioria está recuperada. A Vila Olímpica estava fechada e, hoje, nós temos um complexo esportivo funcionando diariamente. As pessoas avaliam de forma errônea a gestão! Talvez seja uma falha nossa não mostrarmos corretamente o que tem sido feito. Espero que, na hora da eleição, isso tudo seja lembrado”.

Sobre o posicionamento do Partido dos Trabalhadores a respeito da estimulação de candidaturas próprias no próximo ano, Alcântara disse que acredita no reconhecimento da contribuição do PSD nas eleições do governador Jerônimo e do presidente Lula: 📌 “A direção geral do partido [PT] sabe que nós temos que fazer a reeleição de Augusto em Itabuna. Quando a direção geral ou o governador e, até mesmo, Wagner, não citam Itabuna e Ilhéus, é porque eles sabem que, em Ilhéus, Mário e o PSD foram super parceiros na eleição de Jerônimo e na condução do presidente Lula. Houve uma participação muito forte dessas duas cidades porque, em Itabuna, nós perdemos e sabíamos que seria difícil por conta do movimento Bolsonaro, que era muito forte. O governo entende isso e sabe da participação direta desses dois prefeitos nas duas eleições”.

Desde que o ex-prefeito Geraldo Simões anunciou que vai tentar ser prefeito de Itabuna novamente, surgiu a incógnita sobre o apoio da base aliada à reeleição de Augusto. Alcântara defendeu o direito do ex-gestor ser pré-candidato, mas disse que acredita que vai haver um entendimento entre as partes: 📌 “A pré-candidatura de Geraldo Simões é legítima. Ele foi prefeito duas vezes e fez uma boa gestão. Ele também foi deputado federal, secretário de Estado e deixou a sua marca. Nós temos que reconhecer que Geraldo é um bom quadro. Isso é indiscutível, mas não está no momento de Geraldo lançar uma pré-candidatura porque nós temos uma aliança com o governo do Estado, que é um governo que tem dado certo na Bahia. Se o pensamento é individualista e pensando no momento de buscar o ‘eu’, isso está errado. Nós estamos buscando o diálogo. Acredito que, até o final, vai haver o diálogo e Geraldo vai apoiar Augusto Castro nas próximas eleições”.

"A primeira-dama estava lá. Você não precisa, necessariamente, ir fisicamente", declara Alcântara sobre críticas à ausência de Andrea nas comunidades atingidas pela enchente do Rio Cachoeira

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O Pauta Blog conversou com o presidente do PSD em Itabuna, Alcântara Pellegrini, logo após o anúncio da desistência da pré-candidatura da primeira-dama e secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza, Andrea Castro, à deputada estadual. Pellegrini avaliou o caminho traçado desde a idealização do nome de Andrea como pré-candidata até o anúncio da mudança de planos.

Eleito como presidente do PSD em Itabuna desde 2018, Pellegrini também é secretário de Relações Institucionais e Comunicação da prefeitura de Itabuna e considerado um dos nomes mais ligados ao prefeito Augusto Castro (PSD). Mesmo assim, de acordo com Alcântara, ele foi surpreendido com a desistência da primeira-dama: 📌 “Com muita surpresa, mas com tranquilidade porque acredito muito que a decisão tomada foi a mais acertada. Nós viemos de um governo em ascensão muito grande com relação à proposta que foi colocada e entregue. (…) Nós viemos de um ano em ascensão, mas tivemos a enchente que foi uma catástrofe que atingiu mais de cinco mil famílias. Tudo o que tinha sido planejado em 2021 sofreu um impacto muito grande. No meio do ano passado, Augusto já planejava que Andrea seria a nossa candidata à deputada estadual representando a região. Mas, no momento, sentimos que existem outros problemas além da campanha de Andrea, que é cuidar do povo carente que está sofrendo. Os problemas são muito maiores do que Augusto encontrou, a cidade está muito devastada por causa dos governos passados e, agora, muito pior por conta das cheias, então tem que ter um cuidado com isso. Se a gente tivesse a questão da candidatura de Andrea colocada como segunda opção além da gestão, a gente teria uma fuga do foco de gestão”.

Questionado se a desistência da primeira-dama está ligada à mudança de rota no cenário de sucessão estadual, Pellegrini pontuou que não existe enfraquecimento da base: 📌 “A base aliada continua forte e coesa junto com Otto, Rui e Wagner. Não foi isso! O principal ponto é a gente focar a gestão nas pessoas e na recuperação das vidas das pessoas. Na conversa que Augusto teve com Andrea, ficou bem definido isso. Não foi de última hora, foi uma coisa que vinha sendo pensada logo após a enchente pensando que uma candidatura de Andrea poderia prejudicar muito a condução da gestão e prejudicar a vida das pessoas”.

O Pauta Blog quis saber se o recuo da gestão municipal tem a ver com a provável falta de veia política de Andrea Castro, mas o secretário discordou e disse que não há como fazer essa avaliação: 📌 “A gente só sabe, realmente, se a pessoa tem tino ou não para a política a partir do momento em que ela é diretamente levada a esse ponto. Ela não foi. A gente ia ver a partir de agora como ela ia se comportar. Ela está como secretária porque, até o momento, não pediu demissão nem foi exonerada. Ela faz o trabalho muito bem de gestora como ela é. Como política, a gente não sabe. Infelizmente, não vou saber ainda como ela iria se comportar porque ela não tinha ido diretamente para a campanha”.

Sobre o investimento que foi feito na Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza ao longo da gestão, Alcântara avaliou que o natural era manter o nome da primeira-dama em evidência uma vez que ela seria candidata: 📌 “Toda campanha, quando você pensa no nome, você tem que dar visibilidade mesmo na pré-campanha. Se foi pensado que Andrea seria uma representante nossa na eleição que está por vir, nós tínhamos, claro, que dar visibilidade a isso, até para atrair pessoas para ajudar na campanha. Foi isso que nós fizemos! Colocamos para avaliar para ver até onde a gente podia ir. É assim que faz em todas as campanhas políticas”.

Em relação à matemática dos pré-candidatos ligados ao PSD e à base, Alcântara explicou ao Pauta que a retirada do senador Otto Alencar da pré-candidatura ao governo do Estado implica diretamente nos nomes indicados pela legenda: 📌 “Nós tínhamos planejado que, com Otto, o PSD teria o voto de legenda fortalecido. Nós teríamos, automaticamente, um número maior de candidatos eleitos do PSD. Nesse bolo, Andrea estava dentro, Soane de Ilhéus e poderia vir até o próprio Marcone chegando com a saída, provavelmente, de Rosemberg para a vice-governadoria. Nós poderíamos ter aqui três representantes do Sul da Bahia. Quando Otto bate o martelo para o Senado, automaticamente, o voto de legenda cai e a gente tem a maior dificuldade possível. Esse também foi um dos itens que elencamos como dificuldade. Vale a pena a gente deixar de focar na gestão para fazer a campanha?”.

No período da enchente do Rio Cachoeira, comentou-se bastante sobre a ausência de Andrea Castro nas comunidades atingidas pelo aumento do nível das águas, mas o presidente do PSD itabunense justificou: 📌 “A primeira-dama estava lá. Você não precisa, necessariamente, ir fisicamente. Ela não podia estar em todas as comunidades atingidas. Ela ficou um dia e meio ilhada sem poder sair porque ela estava no Cidadelle em pleno Natal. Augusto saiu no meio da turbulência para ir para as comunidades e ela ficou com receio de sair no jet porque as águas estavam muito fortes. No momento em que ela saiu, ela montou o QG e esse QG deu todo o suporte durante o processo para que as pessoas pudessem ser atendidas”.

Mesmo diante da desistência da secretária em concorrer a uma vaga na Alba (Assembleia Legislativa do Estado da Bahia), o PSD ainda não bateu o martelo sobre o nome que vai substituir o de Andrea. De acordo com Alcântara, as negociações já começaram: 📌 “Eu tenho a opinião de que devemos buscar alguém que tenha consistência política na região, confiança do governo para que possa nos representar e tem que ser um nome de consenso para que a população itabunense também abrace esse nome. Ainda não há um nome. Augusto teve uma conversa importante ontem [segunda, dia 14 de março] com Otto Alencar e a gente espera, dentro dessa conversa, que possamos buscar um nome para fortalecer o PSD em Itabuna e na região que nos represente bem”.

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