Na última segunda (30.outubro), o prefeito de Ilhéus, Marão (PSD), sancionou a lei que permite a alienação de imóveis em conformidade com a Lei nº 8.666/93, aprovada pela Câmara de Vereadores. Trocando em miúdos, o Executivo pediu e o Legislativo autorizou a venda do Parque de Exposições de Ilhéus.
Segundo a prefeitura, a renda obtida com a venda do espaço vai ser utilizada para viabilizar ações estruturantes na cidade, a exemplo do Programa Caminho dos Altos, que vai revitalizar as escadarias dos morros. Ainda de acordo com a gestão do prefeito Marão, o equipamento estava ocioso há vários anos e, agora, vai ser possível financiar projetos que incluem pavimentação de ruas e requalificação de praças.
Por outro lado, a população não concorda com a venda do Parque de Exposições. Na tarde de ontem (31.outubro), criadores de animais e representantes de alguns órgãos realizaram um protesto para pedir a revogação da medida que vai extinguir o equipamento.
De acordo com os manifestantes, a venda do espaço vai acabar com projetos muito importantes para a cidade, a exemplo da Equoterapia, que utiliza os cavalos em um trabalho terapêutico com crianças com necessidades especiais. Sem o espaço adequado para tal prática, pode ser que esse projeto, simplesmente, acabe.
O questionamento é: a quem interessa a venda do Parque de Exposições? Não seria interessante revitalizar o espaço e lutar por mais recursos para manter o projeto da Equoterapia? Quanto aos competidores de equiprovas, eles precisam de locais para treinar, mas, em Ilhéus, pelo visto, não será possível.