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Membros da Associação de Fibromiálgicos de Itabuna e Região (Afir) pediram o fim do assédio em ambientes de trabalho, médicos e familiares. “Quem tem dor, tem pressa”, frisou a presidente da Afir, Sônia Newman, ao cobrar respeito para com as pessoas diagnosticadas com fibromialgia (doença sem cura que afeta diversas partes do corpo humano, causando dores intensas).

A fibromialgia foi o tema da sessão especial promovida pela Câmara no último dia 10, a pedido do vereador Israel Cardoso (Agir). Ele é o autor da norma que obriga órgãos públicos e empresas privadas de Itabuna a incluírem fibromiálgicos nas filas de atendimento preferencial.

Na sessão, fibromiálgicos de Itabuna relataram discriminações por conta da doença. Ive Porto citou a dificuldade para conseguir emprego. “Estou desempregada há oito anos, limitada pela fibromialgia. Tentei estudar, mas tive que abandonar. É cruel ter que provar que a nossa dor existe”, desabafou. Também sem trabalhar, Gleuce Guimarães declarou que até “dentro de casa a gente é discriminada. Tem dia que é muito difícil, que não quero levantar da cama com dor” comentou emocionada.

Para o advogado previdenciário, Eduardo Barreto, tem sido desafiador convencer a justiça de que o laudo médico não é a única prova para constituir direito relacionado com a incapacidade laboral. “É preciso levantar o histórico de vida da pessoa, o que a incapacita ou tira do mercado de trabalho, como nos casos de fibromialgia”. Já o psicólogo Paulo Carvalho reforçou que a saúde mental ajuda no controle da dor. “Não se brinca com saúde mental, busque logo apoio”, orientou Carvalho.

📷 Foto de Pedro Augusto

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