//

Leia em: 2 minutos

O Congresso Nacional aprovou ontem (21 de dezembro) o projeto de lei orçamentária para o próximo ano. O texto foi acolhido por 357 deputados contra 97 e duas abstenções. Já entre os senadores, o placar foi de 51 contra 20. Agora, o texto segue para sanção presidencial.

O orçamento 2022 destina R$ 89 bilhões para o pagamento do Auxílio Brasil, no valor de R$ 400 mensais por família. Já as despesas com benefícios previdenciários foram aumentadas em cerca de R$ 40 bilhões, em parte por causa do reajuste do salário mínimo, que deve ser de R$ 1.210 no ano que vem. Já as despesas com Saúde tiveram um crescimento de R$ 15 bilhões em relação à proposta original encaminhada pelo Poder Executivo, chegando a mais de R$ 160 bilhões.

Para cobrir o aumento do Auxílio Brasil e outros gastos, o Congresso aprovou as emendas constitucionais 113 e 114, de 2021, que limitaram o pagamento de precatórios, as dívidas judiciais reconhecidas pelo governo, e mudaram o cálculo do teto de gastos. Isso abriu um espaço fiscal de R$ 110 bilhões no Orçamento do ano que vem.

Entre as despesas com sentenças judiciais transitadas em julgado estão R$ 7,5 bilhões relativas ao antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). Já o teto de despesas primárias, que era de R$ 1,610 trilhão, passou a ser de R$ 1,666 trilhão.

Um dos pontos polêmicos é o Fundo Eleitoral, que terá R$ 4,9 bilhões no ano que vem. Na proposta original, o valor era de 2,1 bilhões. Em relação às emendas de relator, ficaram em R$ 16,5 bilhões e vão atender 30 programações diferentes. As principais são custeio dos serviços de atenção primária à saúde (R$ 4,68 bilhões) e serviços de assistência hospitalar e ambulatorial (R$ 2,6 bilhões).

//

Ex-secretário critica argumentos de entidades privadas e de gestores públicos, que tentam impedir a criação do benefício à categoria

Leia em: 2 minutos

O ex-secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, se colocou a favor da criação de um piso salarial para a enfermagem, conforme projeto de lei que tramita no Congresso Nacional. Em artigo publicado no jornal Correio nesta 3ª feira (21.dezembro), o pré-candidato a deputado federal criticou quem tenta impedir o benefício à categoria.

Para Vilas-Boas, o poder econômico tem usado argumentos análogos aos dos escravagistas para impedir uma remuneração digna dos profissionais da saúde. A opressão os obriga a acumular empregos e a se submeterem a cargas de trabalho desumanas: “Não se pode querer segurar os crescentes custos da saúde às expensas da exploração de uma categoria profissional”.

“É fundamental que o sistema se adapte para absorver esse realinhamento salarial, assim como faz, regularmente, com os materiais, medicamentos, órteses e próteses. No fim da linha, temos pais e mães de famílias, que se qualificaram tecnicamente durante anos e que, para muitos de nós, serão os últimos a segurarem nossas mãos nesse mundo”.

O ex-secretário disse que o discurso dos que pressionam o Congresso é análogo aos do Século XIX. “Semelhante ao que ocorreu no período abolicionista, temos visto empresários e gestores sinalizarem uma desestabilização econômica do sistema de saúde como efeito de uma iminente garantia de um piso salarial que ofereça dignidade à profissão dos enfermeiros, técnicos e auxiliares”.

O projeto de lei de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) foi aprovado no Senado no final de novembro. Porém, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já disse que não pretende pautar a votação em plenário, e sim levá-la a comissões temáticas. Lira cedeu à pressão de gestores públicos, assim como de entidades privadas que controlam hospitais..

//

O objetivo é pagar, em dezembro, uma cota complementar aos pais solteiros ou chefes de família que criam os filhos sozinhos, sem cônjuge, companheira ou companheiro

Leia em: 2 minutos

Proposta enviada ao Congresso Nacional pelo Poder Executivo (PLN 43/21) abre crédito especial de R$ 2,794 bilhões para pagar auxílio emergencial a pessoas em situação de vulnerabilidade por causa da pandemia de Covid-19. O objetivo é pagar, neste mês de dezembro, uma cota complementar aos homens monoparentais, que são os pais solteiros ou chefes de família que criam os filhos sozinhos, sem cônjuge, companheira ou companheiro.

Em 2020, apenas mulheres monoparentais receberam o pagamento de cota dupla do auxílio emergencial. Para obter o benefício, a trabalhadora deveria estar inscrita no Cadastro Único ou então preencher formulário em plataforma digital até 2 de julho de 2020. Neste ano, o Congresso decidiu estender a cota complementar para os homens monoparentais (Lei 14.171/21).

Como o cadastro pelo aplicativo ou site da Caixa não permitia que os homens marcassem a opção de chefe de família, será verificado se o beneficiário de cota simples não tem cônjuge ou companheira, se há pelo menos uma pessoa menor de 18 anos de idade na família, e se não houve concessão de benefício de cota dupla para outra beneficiária ou marcação de chefe de família por outra pessoa no mesmo grupo familiar.

O pagamento de dezembro será apenas para quem se cadastrou pelo aplicativo ou site. Homens monoparentais beneficiados pelo programa Auxílio Brasil ou inscritos no Cadastro Único receberão a cota complementar somente nos primeiros meses de 2022. No total, o Ministério da Cidadania estima beneficiar 1,283 milhão de famílias de homens monoparentais. Para isso, serão necessários mais R$ 779 milhões para os atendidos pelo Auxílio Brasil.

//

Leia em: < 1 minuto

A inflação de 2021 deve ser maior do que a prevista no projeto de lei orçamentária enviado ao Congresso Nacional pelo Poder Executivo. A conclusão é de um informativo conjunto divulgado pelas consultorias de Orçamento do Senado e da Câmara dos Deputados.

Enquanto o PLN 19/2021 estima um Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 6,2%, a expectativa do mercado é de 8,1%. “Isso pode afetar especialmente as estimativas de despesas previdenciárias e assistenciais”, alerta o documento.

Caso se confirme uma inflação de 8,1%, o salário mínimo em 2022 pode ser maior do que o estimado pelo projeto (R$ 1.169). O valor projetado pelo governo não contempla a defasagem de R$ 2 referente à ultima correção.

O informativo das consultorias também destaca que a projeção de mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é menos otimista do que a adotada no PLN 19/2021. A diferença é maior para 2022, quando o mercado projeta aumento de 2% contra 2,51% na proposta do governo. Da Agência Câmara.

📷 Foto de Waldemir Barreto/Agência Senado

Notícias mais lidas

Outros assuntos