Com o objetivo de elevar a imunização dos rebanhos para a Brucelose, uma doença zoonótica, isto é, transmissível aos humanos, Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) intensifica a vigilância sobre o trânsito de cargas pecuárias nas estradas e ratifica que o sistema da autarquia estará bloqueado para a retirada de Guia de Trânsito Animal (GTA), com proibição da circulação de bovinos e bubalinos de qualquer faixa etária para produtores que não estiverem com a vacinação em dia contra a enfermidade.
A vigilância sobre a documentação apresentada nos postos fixos e móveis deverá ser ainda mais criteriosa, conforme determina a instrução normativa SDA número 10 do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que condiciona o trânsito destas espécies à comprovação da vacinação, que é obrigatória. “Os animais não poderão deixar a propriedade de origem caso a documentação não esteja adimplente para evitar o risco de disseminação da doença”, ressalta Maurício Bacelar, diretor-geral da autarquia.
A vacinação contra a Brucelose possui calendário permanente e a meta do governo do estado é ampliar a imunização. “A enfermidade pode causar sérios entraves à comercialização de produtos brasileiros e provocar impactos econômicos incalculáveis além do elevado risco de contaminação do homem”, destaca a coordenadora do PNCEBT (Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose) da ADAB, Luciana Ávila.
Pelas condições sanitárias da Bahia em relação à prevalência para a doença, a determinação do MAPA é a imunização mínima de 80% do rebanho. “Acreditamos que com o controle ainda mais efetivo e bloqueio de trânsito dos animais alcançaremos um índice de imunização superior à meta do Ministério”, prevê Luciana.
A Brucelose causa aborto e infertilidade nas fêmeas e contamina o ser humano que passa a desenvolver doenças crônicas, especialmente, através do consumo de carnes sem procedência e derivados do leite sem pausterização.
A vacinação apenas poderá ser realizada por um médico veterinário ou por agentes vacinadores cadastrados e acompanhados pelos profissionais da ADAB, para evitar a contaminação, uma vez que o imunizante é produzido com a bactéria viva.