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Dados da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) mostram que, em 2021, a Bahia respondeu por 71,30% do cacau recebido pelo setor; o Pará, segundo colocado, 25,21% // 📷 Foto de Pedro Moraes/GOVBA

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A AIPC (Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau) divulgou, agora em janeiro, dados consolidados sobre o recebimento de amêndoas de todo o Brasil. Seus números mostram que a Bahia, em 2021, bateu um recorde histórico, com entrega de 140.928 toneladas de amêndoas de cacau, um aumento de 39,72% em relação ao ano anterior, quando o estado produziu 100.864 toneladas, quantidade que já o situava, com folga, como o maior produtor de cacau do Brasil. Os números de 2021 consolidam a liderança e ainda representam o melhor resultado da Bahia desde 2017.

Os números da AIPC mostram que a Bahia entregou, em 2021, 71,30% do total de amêndoas recebidas pelas indústrias produtoras. O estado segundo colocado, o Pará, entregou, em 2021, 25,21% do total da amêndoa processada, apresentando uma produção total de 49.821 toneladas. Enquanto de 2020 para 2021 a produção baiana de cacau cresceu 39,72%, a do Pará decresceu 24,67% (foram 66.133 toneladas em 2020).

A cadeia produtiva do cacau vive um momento de incremento na Bahia. Além da ótima performance de produção e do agigantamento do número de marcas de chocolate no estado, há também um reconhecimento internacional à qualidade dessa amêndoa.

No último mês de dezembro, as amêndoas de cacau da Bahia foram destaque no Cocoa Of Excellence – COEX2021. O produtor João Tavares, da cidade de Uruçuca, recebeu a Medalha de Ouro no concurso realizado em Paris, na França. E a produtora Angélica Maria Tavares, também de Uruçuca, ganhou a Medalha de Prata no renomado evento internacional, considerado o mais importante no mundo para o setor. Um mês antes, em novembro, durante a III Edição do Concurso Nacional do Cacau, a produtora Cláudia Calmon de Sá, de Itabuna, havia levado o primeiro lugar na categoria Varietal; o segundo lugar também ficou na Bahia, premiando a produção da Fazenda Vale do Juliana Fruticultura, localizada no município de Igrapiúna.

AIPC
A Associação das Indústrias Processadoras de Cacau atua no mercado desde 2014. Seu Conselho Diretor é composto pelas empresas Barry Callebaut, Cargill e Olam, que, juntas, respondem por aproximadamente 95% da compra e moagem do cacau no Brasil.

O setor do cacau responde por mais de 4 mil empregos diretos e indiretos, sendo um dos elos de uma cadeia de mais de 250 mil pessoas, na qual estão incluídos desde produtores rurais até trabalhadores das indústrias de chocolate. Estima-se que esse setor represente cerca de R$ 23 bilhões anuais de valor gerado ao país.

Atualmente, a produção de cacau no Brasil está concentrada nos estados da Bahia, Pará, Espírito Santo e Rondônia. Dados da AIPC mostram que cerca de 93 mil produtores rurais se dedicam ao cacau em terras brasileiras, sendo a maior parte pequenos produtores que praticam a agricultura familiar em áreas entre 5 e 10 hectares .

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Advogado e professor universitário Dr. Leandro Alves Coelho

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No décimo ano de fundação da Academia de Letras Jurídicas do Sul da Bahia (ALJUSBA), hoje 20 de maio, entrevistamos o advogado e professor universitário Dr. Leandro Alves Coelho, um dos seus fundadores e o seu histórico primeiro presidente.

Coelho é um advogado militante com pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior com especialização em Direito Tributário pela Unisul. Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental com ênfase em Tributação e Meio Ambiente pela Universidade Católica de Salvador (UCSAL). Professor de Graduação e Pós-graduação. Membro-fundador e ex-presidente da Academia de Letras Jurídicas do Sul da Bahia (ALJUSBA) e autor do livro “ICMS Ecológico – Aplicável à área de influência do Complexo Intermodal do Sul da Bahia”.

Quem são os fundadores da Academia de Letras Jurídicas do Sul da Bahia (ALJUSBA)?
Leandro Coelho – Sem sombra de dúvida, o idealizador da ALJUSBA, é o advogado e professor Vercil, Rodrigues, que junto comigo, Leandro Alves Coelho, Dr. José Carlos Oliveira, Dr. Cosme Reis e Dr. Paulo Bomfim fundou a Academia, no dia 20 de maio de 2011, portanto, a 10 anos, na cidade de Itabuna, apesar da ‘Casa das Letras Jurídicas”, pertencer aos operadores do Direito e juristas do Sul da Bahia.

Como surgiu ALJUSBA?
Leandro Coelho – Surgiu de um anseio da comunidade jurídica sulbaiana em ter uma instituição que pudesse reunir os grandes nomes do mundo jurídico em nossa região. Sabíamos que já existia a Academia de Letras Jurídicas da Bahia com sede em Salvador, mas a mesma não oportunizava de forma igualitária espaço de divulgação de nomes de destaques de outras regiões que não aqueles atuantes em Salvador. Sendo assim, a ALJUSBA veio para atender esse anseio de toda comunidade do Sul do estado em busca de espaço, reconhecimento e visibilidade.

Como se deu seu o processo de criação e estruturação da ALJUSBA?
Leandro Coelho – Inicialmente, com a ideia em mente de alguns dos fundadores, o primeiro passo foi fazer o levantamento histórico dos patronos e dos “imortais” que iriam compor as cadeiras, bem como quais eram seus respectivos legados para a comunidade jurídica. É de bom alvitre informar que a academia contou com os préstimos de Vercil Rodrigues, pois o mesmo além de ser jurista é, antes de tudo, historiador, tal fato auxiliou demais na compilação de dados acerca daqueles que comporiam a nossa academia de letras jurídicas sulbaiana, sediada em Itabuna.

Como ocorreu o processo de escolha dos integrantes da academia, os imortais?
Leandro Coelho – Nesse aspecto tínhamos um propósito de compor a Academia com integrantes de todos os ramos de atuação do Direito, ou seja, juízes, advogados, promotores, professores universitários de cursos de Direito, delegados, servidores público dos tribunais, desde que todos eles tivessem um ponto de convergência, qual seja, a produção literária no âmbito da ciência jurídica. E assim foi feito.

Com foi a recepção da ideia de formação da ALJUSBA pelos escolhidos a ocupar uma cadeira como imortais?
Leandro Coelho – Foi a melhor possível. Como não se empolgar com um convite desta natureza? Foi uníssona a recepção da ideia por todos escolhidos, que diga se de passagem foram democraticamente eleitos em votação secreta pelos membros fundadores da “Casa da Letras Jurídicas Sulbaiana”, pois era extensa a lista. Me recordo que todos receberam a ideia com muito entusiasmo e empolgação.

Depois da compilação dos dados históricos e a escolha dos imortais e patronos, quais foram as ações realizadas pelos fundadores da ALJUSBA?
Leandro Coelho – Primeiro passo foi a votação do Regimento e Convenção da Academia, logo em seguida foi necessário formalizar os atos constitutivos como a criação de uma pessoa jurídica própria, bem como, a realização de todos os atos escriturários para que a ALJUSBA pudesse ter personalidade jurídica própria, de modo a atender todas as formalidades necessárias para que ela, de fato, saísse do papel. Nesse interim mais uma vez a pessoa do Dr. Vercil Rodrigues com o meu apoio, de Dr. José Carlos Oliveira, Paulo Bomfim, dentre outros, foram essenciais para a finalização dos demais detalhes formais. Após todas as burocracias, encomendamos as becas, insígnias personalizadas e logomarca para a ALJUSBA, o que não poderia faltar diante das grandiosidade da instituição.

Como ocorreram a posse e a instalação da ALJUSBA?
Leandro Coelho – A posse foi mágica e inesquecível!!! Ocorreu há 10 anos atrás. Cada imortal convidou um padrinho para a entrega das insígnias. A cerimônia ocorreu na sede da Loja Maçônica Areópago Itabunenses em um auditório lotado e teve a primeira diretoria empossada, a qual era composta por mim – Leandro Coelho, presidente, Vercil Rodrigues, vice-presidente, José Carlos Oliveira, tesoureiro, Paulo Bomfim, secretário-geral e Cosme reis, diretor de biblioteca, me recordo que estavam presentes os grandes nomes do jurídico sulbaiano e da capital, Na oportunidade, diversos integrantes discursaram, sendo que meu destaque foi a presença do saudoso membro honorário da Academia, o jurista Dr. Eurípedes Brito Cunha, ex-presidente da OAB-BA e ex-conselheiro federal da OAB, que discursou e atribuiu um ar de empolgação à cerimônia. Ele sabia da grandiosidade do ato e me recordo que no alto de sua sabedoria e experiência enalteceu a atitude daqueles que ousaram fundar a ALJUSBA e das qualidades daqueles que estavam sendo empossados.

Em sua gestão, o que senhor destaca como principais conquistas institucionais?
Leandro Coelho – Destaco a realização da posse, a aquisição das indumentárias inerentes à academia. Em seguida, a criação dos site www.academiadeletrasjuidicasdosuldabahia.com que foi um grande avanço, pois foi e é através dele que pudemos reunir os dados dos patronos como principal arcabouço histórico da nossa Academia. Em seguida, não menos importante, a criação de um portfólio em homenagem a um dos patronos, o saudoso e brilhante Francolino Neto e a criação do Boletim da Academia. Por fim, destaco, ainda a divulgação dos integrantes da ALJUSBA em seus diversos eventos de natureza jurídica na nossa região, no Estado da Bahia e até mesmo fora dele.

Com se sente por ter sido historicamente o primeiro presidente da ALJUSBA, a “Casa das Letras Jurídicas Sulbaiana”?
Leandro Coelho – Me sinto muito lisonjeado, pois entendi como um referendo para a minha trajetória jurídica, a qual estava apenas se iniciando diante de todos aqueles nomes já exaltados na comunidade jurídica sulbaiana. Por isso, procurei honrar o múnus enquanto estive na presidência.

O que mais chamou sua atenção do ponto de vista pessoal enquanto esteve na presidência da ALJUSBA?
Leandro Coelho – Desde o convite, o que mais me chamou a atenção foi o fato de ocupar a cadeira 3, a qual tem como patrono o jurista JJ. Calmon Passos. Me recordo que ainda na minha graduação assisti uma palestra do mestre em um encontro baiano de advocacia e fiquei encantado com tamanha sabedoria reunida em uma única pessoa. Sendo assim, ocupar a cadeira com o nome do mesmo fez com que me sentisse ainda mais responsável por desenvolver um bom trabalho frente aos destinos da ALJUSBA. 

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