Desde que o nome do ex-secretário de Educação do estado, Jerônimo Rodrigues (PT), foi escolhido como pré-candidato a governador da Bahia, houve várias negociações para definir quem seria o pré-candidato a vice e por qual partido ele sairia. Em entrevista ao Pauta Blog, o ex-secretário estadual de saúde e pré-candidato a deputado federal, Fábio Vilas-Boas (MDB), declarou que foi o grande articulador para que PT e MDB caminhassem juntos na tentativa de conquistar o Palácio de Ondina.
Ao entrar no circuito, o MDB indicou o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior, para caminhar ao lado de Jerônimo na tentativa de vencer as eleições de outubro. Antigo aliado do ex-prefeito de Salvador e pré-candidato a governador, ACM Neto (União Brasil), a vinda de Geraldo para a base atual pegou muitos de surpresa, mas demonstra que política é feita com muito diálogo e estudo de caso.
Para Vilas-Boas, a concretização da aliança entre as duas legendas foi resultado de uma conversa que durou cerca de 8 meses: “Eu recebi uma missão dada pelo senador Jaques Wagner e pelo governador Rui Costa de atrair o MDB para a base do governo. Isso foi feito lá em setembro e, ao longo desses 8 meses, eu me dediquei a essa tarefa, que considero cumprida ao trazer o MDB para a base de sustentação do governo do estado e da campanha de Jerônimo Rodrigues. Filiar-me ao partido e, como prêmio, ainda, ter recebido a vice-governadoria com a indicação do companheiro Geraldo Júnior, presidente da Câmara de Vereadores de Salvador”.
Demonstrando entrosamento com o partido ao qual se filiou recentemente, Vilas-Boas disse que o MDB espera ter sucesso no pleito deste ano: “Temos perspectiva de fazer até 3 deputados federais. Estamos com uma chapa bastante competitiva e com representantes em várias regiões da Bahia. Acredito que teremos uma representação à altura do que o partido merece”.