A leitura da deputada federal (PSL) é de que o cenário eleitoral na Bahia para a disputa ao governo em 2022 não tem espaço para uma terceira via. Mesmo que esse seja o desejo do presidente Jair Bolsonaro com o ministro da Cidadania João Roma (Republicanos).
O presidente já afirmou que Roma, que está licenciado, mas é deputado federal pela Bahia, é o “nome dele no estado” e tem reforçado as especulações para a candidatura do ministro ao governo baiano para ser o palanque de Bolsonaro no estado no pleito do ano que vem.
Segundo Dayane, “querer não é poder” e Bolsonaro não tem força suficiente para mudar o tabuleiro baiano. “O presidente Bolsonaro também quis eleger prefeitos pelo Brasil em 2020 e não elegeu ninguém. Está mais do que provado que ele está muito fraco, caindo muito nas pesquisas e na Bahia sobretudo ele não teria essa força”, avaliou.
Na Bahia, o desenho da eleição de 2022 é, até então, de um cenário polarizado entre o candidato do PT, Jaques Wagner, e ACM Neto, que ainda não se coloca como pré-candidato, mas que já reconheceu que não tem outro plano em vista. O PT governa o estado há quatro mandatos, dois do próprio Wagner, e vai em busca de se manter no poder no ano que vem.
A oficialização da fusão DEM e PSL vai, na visão de Dayane, dobrar ou triplicar as chances de ACM Neto ser eleito novo governador da Bahia. “O nome ACM Neto já é muito forte, a população está mostrando nas pesquisas que quer ele governador, com essa junção ele vai ter mais estrutura, mais condições de buscar esses votos em lugares mais longínquos e através da televisão, então dobra ou triplica as chances do ACM virar o próximo governador da Bahia”, afirmou.
“Não existe essa disputa [com João Roma] ao meu ver. Nós temos hoje a eleição a nível estadual muito polarizada entre o PT e ACM Neto, figuras que representam a Bahia, que buscam há muito tempo, tem anos de história, então acredito que não há espaço para terceira via na Bahia”, disse a deputada federal.
Dayane completou dizendo que a realidade do estado é diferente da encontrada no Brasil, onde, na visão dela, há sim espaço para uma terceira via. Tanto que o “superpartido” União Brasil, resultado da fusão do DEM com o PSL, vai empregar esforços nesse “espaço”. “No Brasil cabe essa terceira via, e vamos buscar. Perceba que nós do União Brasil temos forças para buscar uma terceira via, mas outros candidatos ao governo na Bahia não tem essa força a nível estadual”, completou Dayane. Texto enviado pela Assessoria da Deputada.