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Cacauicultura começa a ganhar espaço no Oeste baiano

Graças à parceria de três empresas, Grupo Schmidt Agrícola, Tamafe Tecnologia, especializada em mudas de citricultura e a TFR Consultoria Agrícola, o Oeste baiano ganhou mais um projeto de cacauicultura

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A Bio Brasil, iniciado há dois anos com pesquisa e desenvolvimento de cacau em viveiro na Fazenda Solaris no município de Riachão das Neves, recebeu a visita do vice-governador e secretário do Planejamento João Leão, acompanhado de Almir Silva e Paulo Marrocos da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) e pelo reitor da Universidade Federal do Oeste da Bahia, Jacques Antonio de Miranda. A região já abriga outros produtores da cultura, a exemplo do grupo Santa Colombo, que investe na produção de cacau no município de Cocos.

O Brasil é o sétimo produtor mundial de cacau. De acordo com dados do IBGE, a safra de 2020 atingiu 269 mil toneladas (t). A Bahia é o segundo produtor da cultura no país com 107 mil toneladas, já o Pará fica em primeiro lugar (144 mil t).

“Nós precisamos produzir. O Sul da Bahia tem uma produtividade média de 40 arrobas por hectare (ha). Aqui no Oeste, nas primeiras experiências que fizemos, chegamos a 200/250 arrobas/ha”, declara Leão.

“Há dois anos começamos com pesquisa e desenvolvimento de cacau, agora estamos iniciando o primeiro viveiro com 120 mil mudas de cacau, em um contexto de muita pesquisa e desenvolvimento tudo em cima da cacauicultura, tentando trazer a muda com rusticidade, adaptada ao cerrado, às novas áreas não tradicionais do cacau que o Brasil está almejando daqui para frente. Para nós é um sucesso poder mostrar esse estudo de dois anos atrás. Eu digo que isso é o cacau do futuro, esse é o cacau que o Brasil vai começar a enxergar daqui para frente”, afirma Moisés Schmidt, do Grupo Schmidt Agrícola, que já tem 35 ha de cacau plantado e está iniciando projeto de mais 400 há na Fazenda Solaris.

A comitiva esteve ainda no Distrito de Irrigação dos Perímetros Irrigados de Nupeba e Riacho Grande (DNR). O local tem 5mil hectares, sendo 1,5 mil ha implantados com projetos agrícolas, piscicultura e avicultura, com destaque para a produção intensiva de galinhas, são 500 galinhas que produzem em média 15 mil ovos por mês. Atualmente são gerados 1,5 mil empregos diretos, 2 mil indiretos, que devem quadruplicar quando os 5 mil ha forem implantados.

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