Dados do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sindae) apontam que, somente nos primeiros dias de janeiro, o número de trabalhadores (as) infectados (as) pela Covid-19 na Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento) subiu de 2 para 71. Este é o maior número verificado desde o final de fevereiro do ano passado quando 107 casos foram confirmados na empresa.
Na região de Barreiras, por exemplo, há relatos de que funcionários (as) que prestam serviços à Embasa através de empresas terceirizadas estão indo trabalhar mesmo contaminados (as) ou retornando ao trabalho com apenas cinco dias de isolamento. A justificativa desse retorno precoce seria para não perder o ticket e outros benefícios, que são descontados dos dias não trabalhados. O surto em Barreiras teriam ocasionado o fechamento de dois setores da empresa.
Na última 5ª feira (13.janeiro), foi encaminhado um ofício à presidência e demais diretorias da Embasa cobrando ações emergenciais para frear as contaminações nas unidades da empresa. Entre as medidas propostas pelo sindicato, estão o retorno do trabalho remoto e do revezamento nas áreas operacionais, limitação de passageiros nos veículos da empresa, afastamento imediato dos casos suspeitos e por 14 dias para os casos confirmados, estabelecimento de um protocolo eficiente de testagem e fornecimento de máscaras PFF2 ou N95.
Em resposta, a Embasa afirmou que tem mantido o monitoramento rigoroso e o controle das medidas preventivas, além do acompanhamento das ocorrências de novos casos, adotando todas as medidas necessárias e de assistência. A empresa disse, ainda, que aguarda as manifestação de órgãos oficiais de saúde para adotar medidas adicionais de proteção.