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Praga que atinge cultivo de cacau e cupuaçu é detectada no Acre

Presença da praga no Brasil foi confirmada através de uma análise laboratorial feita pelo LFDA/GO e IDAF/AC

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Um foco da praga Moniliophthora roreri, comumente chamada de monilíase do cacaueiro, foi detectado em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.

A presença da praga no Brasil foi confirmada através de uma análise laboratorial, realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO), em amostras coletadas no local pela equipe do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF/AC), após ser acionado por um morador da região, que observou os sintomas da doença em frutos de cacau e cupuaçu.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está tomando as medidas necessárias de contingência, junto às demais instituições oficiais de Sanidade Vegetal e de Pesquisa. Equipes irão ao local para ampliar o monitoramento e detecção da praga e adoção de ações de contenção e erradicação, para que a praga não se alastre nas áreas cultivadas de cacau e cupuaçu no país.

A monilíase é uma doença que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau e o cupuaçu, causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.

“Esta é uma doença que atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana e que, apesar do foco detectado se encontrar distante das principais regiões produtoras, devido ao seu potencial de danos às culturas que atinge, é de fundamental importância a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do país às autoridades fitossanitárias locais”, ressalta a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro.

Mesmo durante a pandemia de covid-19, as equipes de vigilância e educação fitossanitária relativas à praga permaneceram em campo. Em 2020, foram realizados 1.600 monitoramentos preventivos nos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Pará, Bahia e Espírito Santo. As ações de investigação e de contingência estão previstas no Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Moniliophthora roreri, instituído pela Instrução Normativa nº 112/2020.

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