De acordo com a polícia, servidor federal atuava em parceria com advogada da área previdenciária

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Nesta 3ª feira (22.março), a Polícia Federal, em ação conjunta com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério do Trabalho e da Previdência, deflagrou a Operação Marco Reverso, de combate a um esquema de fraudes executadas na Previdência Social. De acordo com a PF, o esquema era chefiado por um servidor público federal nas agências de Mutuípe e Amargosa com a ajuda de uma advogada da área previdenciária.

Segundo as investigações, desde 2016, o servidor realiza a concessão de benefícios mediante a inserção de períodos de atividades urbana e rural fictícios, além de realizar agendamentos e antecipações de atendimentos em desacordo com as normas da Autarquia Previdenciária. As investigações apontam, ainda, que o servidor realizava os atendimentos em detrimento do sistema de agendamento do INSS, burlando a impessoalidade e atuando indevidamente nos processos e, dessa forma, os benefícios, ao serem deferidos, geravam pagamentos retroativos em valores altos, em parcela única, com grande prejuízo à Autarquia Federal.

A PF suspeita que a concessão indevida dos benefícios acontecia em parceria com uma advogada com atuação na área previdenciária. Os valores decorrentes dos citados pagamentos indevidos eram, em sua maioria, transferidos pelos segurados à citada advogada.

Hoje, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Santo Antônio de Jesus e Amargosa, que foram expedidos pela Justiça Federal de Jequié. Além disso, o servidor federal foi afastado das atividades. O prejuízo estimado aos cofres púbicos supera os R$ 3 milhões de reais, relativos a quarenta e sete benefícios com constatação de fraude.

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