Foi a júri popular hoje (26.julho) o homem acusado de tentar matar a ex-companheira no dia 22 de setembro de 2012 na região central de Itabuna. Quase dez anos depois do ocorrido, Rogério Gomes de Araújo foi julgado por tentar matar a então esposa, Ingrid Katiuschia, com quem viveu por 17 anos e tem 2 filhos.
Após o crime, Ingrid ficou internada na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães durante 60 dias lutando pela vida após o caso que ficou conhecido como “atropelamento do Jardim do O”. Segundo uma das advogadas de acusação, Dra Jurema Cintra Barreto, a vítima foi escalpelada, perdeu massa cefálica, teve os órgãos internos esmagados, quebrou a bacia em várias partes e, atualmente, é uma pessoa com deficiência permanente reconhecida pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Na época, o crime chocou a população itabunense pela brutalidade com que o homem agiu. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Rogério atropelou Ingrid, engatou a marcha-ré e, durante a fuga, passou por cima do corpo dela novamente. Uma amiga que estava com Ingrid no momento também foi atingida e teve ferimentos leves.
RESULTADO DO JÚRI POPULAR
Nesta 3ª feira (26.julho), foram ouvidas algumas testemunhas e o acusado de cometer o crime. Uma das pessoas interrogadas deu informações sobre o cenário encontrado no local e o que repassou à polícia quando encontrou Ingrid agonizando. Familiares da vítima e do acusado também foram ouvidos para ajudar o júri a entender as circunstâncias em que o crime aconteceu. No período da tarde, os embates aconteceram entre os advogados da defesa e da acusação.
Rogério foi condenado a 11 anos e 3 meses por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e sem possibilidade de defesa) e perdeu o direito de dirigir. No entanto, vai responder inicialmente em liberdade.
“Vai responder em liberdade, porque aguardou todo esse momento com bom comportamento, sem declarar ameaças ao processo. Mas pegou todas as agravantes, a defesa recorreu e ele vai aguardar até a última instância”, disse a presidente da Comissão da Mulher, Larissa Moitinho.