Retração das exportações foi puxada pela indústria, principalmente, pela queda nas vendas de derivados de petróleo em 80,3%

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Com uma piora das expectativas para a economia mundial, volume e preços dos produtos exportados pelo estado da Bahia recuaram em maio. As vendas externas somaram US$ 800,9 milhões no mês passado, com queda de 15,4%, no comparativo interanual.

Esse resultado foi influenciado tanto pela queda no volume embarcado, que recuou 13,5%, quanto pelo fator preço, 2,2% inferior a maio de 2024. No acumulado até maio, as vendas externas da Bahia alcançaram US$ 4,56 bilhões, o que ainda supera o resultado obtido em igual período do ano passado em 2,6%.

A retração das exportações foi puxada pela indústria (-36.2%), principalmente, pela queda nas vendas de derivados de petróleo em 80,3%, produtos químicos em (-19%), papel e celulose (-17,5%) e produtos metalúrgicos (-12%), todos comparados a igual mês de 2024. O volume embarcado de derivados de petróleo apresentou o recuo mais significativo: (-76,7%) diante do aprofundamento da queda nas cotações do petróleo no mercado internacional em meio aos receios de excesso de oferta, em um momento em que a perspectiva para a demanda global permanece incerta.

Em maio, o desempenho das principais commodities agrícolas exportadas pela Bahia foi afetado pela queda de preços, apesar do aumento de volume. Isso ocorre devido ao aumento da safra agrícola prevista para este ano em 9,8%. O crescimento das receitas da agropecuária no mês passado chegou a 14,1% no comparativo interanual puxado pelo aumento do quantum que cresceu 28,7%, já que os preços médios recuaram 11,4%. O preço da soja, item mais exportado em maio, caiu 10,5% contra igual mês de 2024.

Já a indústria extrativa, cresceu 4,8% puxado pelas vendas de ouro, sempre visto historicamente como um porto seguro em tempos de instabilidade econômica e geopolítica.

As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Exportações do agronegócio baiano alcançaram a marca de US$ 1.5 bilhão de dólares entre janeiro e março deste ano

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A Bahia segue liderando o cenário agrícola na região Nordeste. As exportações do agronegócio baiano alcançaram a marca de US$ 1.5 bilhão de dólares (cerca de 8,5 bilhões de reais) entre janeiro e março deste ano, superando o volume total embarcado por todos os demais estados nordestinos, que, juntos, somaram US$ 1.44 bilhão.

Tendo mais de cem países como destino de seus embarques, o agronegócio da Bahia apresentou um crescimento de 9,15% nas exportações no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior. O montante movimentado saltou de US$ 1.37 bilhão para US$ 1.50 bilhão. Esse cenário foi impulsionado pela boa performance de diversas culturas, com destaque para o cacau e seus derivados, que registraram um aumento de 174,43%.

Também tiveram uma alta na produção o café, com um crescimento de 144%, seguido por fibras e produtos têxteis (13,7%) e papel e celulose (7,5%). Adicionalmente, as exportações do setor café e especiarias cresceram 165,44%, passando a representar 7,14% do total exportado pelo estado no trimestre.

No cenário nacional, o acumulado do primeiro trimestre de 2025, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 37,8 bilhões, aumento de 2,1% quando comparado ao ano anterior, o maior valor já registrado para o período. O superávit do setor no trimestre foi de US$ 32,6 bilhões, um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024.

📷 Divulgação

Fator determinante para o desempenho negativo foi a queda de 7,5% nos preços dos produtos exportados pelo estado

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No segundo mês de 2025, as exportações baianas somaram US$ 753,5 milhões, com queda de 0,96% ante o mesmo mês do ano anterior. No bimestre, as exportações acumularam US$ 1,58 bilhão, redução de 10,1%.

Os dados do mês mostram que o fator determinante para o desempenho negativo foi a queda de 7,5% nos preços dos produtos exportados pelo estado na comparação com fevereiro de 2023, ao passo que o volume embarcado aumentou 7%.

As exportações agropecuárias baianas subiram 37,7% em fevereiro, puxadas já pelos embarques da esperada safra recorde de soja e pelo ”boom” do café. A indústria de transformação e a indústria extrativa registraram queda de 16% e 36,8%, respectivamente, o que já dá pra sinalizar o comportamento das exportações em 2025: crescimento da agropecuária sustentado pelo aumento da safra estimada em 6,7%, mas com preços mais baixos, e menor crescimento da indústria tanto por conta da política monetária restritiva como pela perda de ritmo da economia global.

As exportações brasileiras para a China, principal destino dos produtos baianos, caíram 5,1% em fevereiro, perante um ano antes. Já as vendas totais para a Ásia cresceram 11%. Na mesma base de comparação, as vendas para os EUA recuaram 15,5%, mas, para a América do Norte, subiram 10%, devido a demanda do Canadá por ouro, pneumáticos e ferro ligas. Para a União Europeia, as vendas também caíram 8,7%. A surpresa ficou por conta das exportações para o Mercosul, que registraram alta de 122,5%, devido a importações em grande volume de óleo diesel pela Argentina, que chegaram a 32 milhões de toneladas em fevereiro.

📷 Manu Dias/GOVBA

Montante exportado foi US$ 660,2 milhões, representando uma queda de 33,8% frente aos US$ 997,6 milhões exportados em janeiro de 2024

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Dados da Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia mostraram que as exportações baianas registraram um forte recuo em janeiro, reflexo da queda do volume de embarques, devido principalmente à entressafra da soja, carro chefe da pauta de exportação do estado, que reduziu os embarques em 75%. Também houve redução nos embarques da celulose, dos derivados de petróleo e dos produtos químicos. O montante exportado foi US$ 660,2 milhões, uma queda de 33,8% frente aos US$ 997,6 milhões exportados em janeiro do ano passado.

Os preços de alguns produtos, como café e celulose, metais preciosos, cacau e petróleo subiram no mês passado, compensando em parte a redução do volume de embarques que recuou como um todo, em 49,2% frente a janeiro de 2023. O resultado é o mais baixo para meses de janeiro desde 2021, quando a balança comercial do estado tinha registrado déficit de US$ 64,6 milhões. Agora, o déficit alcançou US$ 217,1 milhões.

Todos os grandes setores apresentaram queda em relação ao mesmo mês de 2023. A indústria de transformação registrou variação negativa de 36%, somando US$ 240 milhões. O setor de agropecuário, puxado pelo mau desempenho da soja, teve queda de 41% nas exportações no comparativo interanual, alcançando US$ 306 milhões. Já a indústria extrativa sofreu a menor queda, de 0,8%, passando a US$ 90,7 milhões.

As exportações brasileiras para China, principal destino dos produtos baianos, caíram 65,8% no primeiro mês de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as vendas totais para a Ásia recuaram 66,4%. Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte diminuíram 10,7%, enquanto para a América Latina, incluindo o Mercosul, subiram 84%, puxado pelo aumento das vendas para a Argentina em 50%, devido a base baixa de comparação. Para a União Europeia, houve expansão de 29,4%.

Até o final de novembro, os principais importadores do café brasileiro foram os Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Itália e Japão

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Em novembro deste ano, o Brasil exportou 4,66 milhões de sacas de 60 quilos de café. Com o resultado, 5,4% superior ao do mesmo mês de 2023, quando o país vendeu 4,42 milhões de sacas do produto para o mercado externo, o setor cafeicultor estabeleceu um novo recorde: a um mês do fim do ano, os produtores nacionais já tinham embarcado o total de 46,399 milhões de sacas, superando em 3,78% o maior volume registrado até então, que era de 44,707 milhões de sacas ao longo dos 12 meses de 2020.

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), entidade que divulgou os dados estatísticos, com as vendas externas do produto, o Brasil recebeu, só em novembro, US$ 1,343 bilhão – quantia 62,7% superior aos US$ 825,7 milhões aferidos no mesmo mês de 2023. Se comparadas as receitas recebidas de janeiro a novembro deste ano (US$11,30 bi) às do mesmo período de 2023 (US$ 9,24 bi), o crescimento é da ordem de 22,3%

Até o final de novembro, os principais importadores do café brasileiro foram os Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Itália e Japão, sendo que, no acumulado, os japoneses importaram, neste ano, um volume 0,3% inferior ao do mesmo período de 2023.

A espécie de café que o Brasil mais tem exportado em 2024 continua sendo a arábica: mais de 33,97 milhões de sacas. De acordo com o Cecafé, esse volume, 23,2% superior ao do mesmo intervalo no ano passado, é o maior da história para o período de 11 meses. Na sequência, vem a espécie canéfora (conilon + robusta).

Os cafés de qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis responderam por 17,5% das exportações totais brasileiras entre janeiro e novembro de 2024, com a remessa de 8,112 milhões de sacas ao exterior. Esse volume é 33,5% superior ao registrado nos 11 primeiros meses do ano passado. O preço médio do produto foi de US$ 269,41 por saca, gerando uma receita cambial de US$ 2,185 bilhões, ou 19,3% do total obtido.

Crescimento das exportações baianas foi impulsionado pelos preços, que subiram 6,5%

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As exportações baianas cresceram 4,5% no mês de outubro na comparação com o mesmo período de 2023, atingindo US$ 1,14 bilhão, o maior valor para o mês em toda a série histórica. Nacionalmente, as vendas externas recuaram 0,74%.

O crescimento das exportações baianas foi impulsionado pelos preços, que subiram 6,5%, já que o volume embarcado caiu 1,8% no mês passado. Entre os destaques dos produtos que tiveram aumento nos preços médios no comparativo interanual, estão celulose, ouro, minerais, derivados de cacau e café.

As exportações para China, principal destino dos produtos baianos, aumentaram 8,7% em outubro em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já as vendas totais para a Ásia subiram apenas 0,38%. Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte subiram 50,7%, puxado pelo aumento das vendas para os EUA, que cresceram 39,4%. Para a América do Sul, as vendas caíram 27,4% e, para a União Europeia, as vendas subiram 25,6%, com destaque para a Espanha, com um aumento de 536,2%.

Reflexo da economia mais aquecida, as importações vêm crescendo desde março deste ano. A tendência ficou mais clara desde o segundo trimestre, a despeito da maior depreciação do real frente ao dólar no decorrer do segundo semestre na comparação com a primeira metade do ano. As importações baianas, em outubro, totalizaram US$ 955,5 milhões, com alta de 39,6% ante o mesmo mês do ano passado.

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