Fator determinante para o desempenho negativo foi a queda de 7,5% nos preços dos produtos exportados pelo estado

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No segundo mês de 2025, as exportações baianas somaram US$ 753,5 milhões, com queda de 0,96% ante o mesmo mês do ano anterior. No bimestre, as exportações acumularam US$ 1,58 bilhão, redução de 10,1%.

Os dados do mês mostram que o fator determinante para o desempenho negativo foi a queda de 7,5% nos preços dos produtos exportados pelo estado na comparação com fevereiro de 2023, ao passo que o volume embarcado aumentou 7%.

As exportações agropecuárias baianas subiram 37,7% em fevereiro, puxadas já pelos embarques da esperada safra recorde de soja e pelo ”boom” do café. A indústria de transformação e a indústria extrativa registraram queda de 16% e 36,8%, respectivamente, o que já dá pra sinalizar o comportamento das exportações em 2025: crescimento da agropecuária sustentado pelo aumento da safra estimada em 6,7%, mas com preços mais baixos, e menor crescimento da indústria tanto por conta da política monetária restritiva como pela perda de ritmo da economia global.

As exportações brasileiras para a China, principal destino dos produtos baianos, caíram 5,1% em fevereiro, perante um ano antes. Já as vendas totais para a Ásia cresceram 11%. Na mesma base de comparação, as vendas para os EUA recuaram 15,5%, mas, para a América do Norte, subiram 10%, devido a demanda do Canadá por ouro, pneumáticos e ferro ligas. Para a União Europeia, as vendas também caíram 8,7%. A surpresa ficou por conta das exportações para o Mercosul, que registraram alta de 122,5%, devido a importações em grande volume de óleo diesel pela Argentina, que chegaram a 32 milhões de toneladas em fevereiro.

📷 Manu Dias/GOVBA

Montante exportado foi US$ 660,2 milhões, representando uma queda de 33,8% frente aos US$ 997,6 milhões exportados em janeiro de 2024

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Dados da Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia mostraram que as exportações baianas registraram um forte recuo em janeiro, reflexo da queda do volume de embarques, devido principalmente à entressafra da soja, carro chefe da pauta de exportação do estado, que reduziu os embarques em 75%. Também houve redução nos embarques da celulose, dos derivados de petróleo e dos produtos químicos. O montante exportado foi US$ 660,2 milhões, uma queda de 33,8% frente aos US$ 997,6 milhões exportados em janeiro do ano passado.

Os preços de alguns produtos, como café e celulose, metais preciosos, cacau e petróleo subiram no mês passado, compensando em parte a redução do volume de embarques que recuou como um todo, em 49,2% frente a janeiro de 2023. O resultado é o mais baixo para meses de janeiro desde 2021, quando a balança comercial do estado tinha registrado déficit de US$ 64,6 milhões. Agora, o déficit alcançou US$ 217,1 milhões.

Todos os grandes setores apresentaram queda em relação ao mesmo mês de 2023. A indústria de transformação registrou variação negativa de 36%, somando US$ 240 milhões. O setor de agropecuário, puxado pelo mau desempenho da soja, teve queda de 41% nas exportações no comparativo interanual, alcançando US$ 306 milhões. Já a indústria extrativa sofreu a menor queda, de 0,8%, passando a US$ 90,7 milhões.

As exportações brasileiras para China, principal destino dos produtos baianos, caíram 65,8% no primeiro mês de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as vendas totais para a Ásia recuaram 66,4%. Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte diminuíram 10,7%, enquanto para a América Latina, incluindo o Mercosul, subiram 84%, puxado pelo aumento das vendas para a Argentina em 50%, devido a base baixa de comparação. Para a União Europeia, houve expansão de 29,4%.

Até o final de novembro, os principais importadores do café brasileiro foram os Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Itália e Japão

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Em novembro deste ano, o Brasil exportou 4,66 milhões de sacas de 60 quilos de café. Com o resultado, 5,4% superior ao do mesmo mês de 2023, quando o país vendeu 4,42 milhões de sacas do produto para o mercado externo, o setor cafeicultor estabeleceu um novo recorde: a um mês do fim do ano, os produtores nacionais já tinham embarcado o total de 46,399 milhões de sacas, superando em 3,78% o maior volume registrado até então, que era de 44,707 milhões de sacas ao longo dos 12 meses de 2020.

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), entidade que divulgou os dados estatísticos, com as vendas externas do produto, o Brasil recebeu, só em novembro, US$ 1,343 bilhão – quantia 62,7% superior aos US$ 825,7 milhões aferidos no mesmo mês de 2023. Se comparadas as receitas recebidas de janeiro a novembro deste ano (US$11,30 bi) às do mesmo período de 2023 (US$ 9,24 bi), o crescimento é da ordem de 22,3%

Até o final de novembro, os principais importadores do café brasileiro foram os Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Itália e Japão, sendo que, no acumulado, os japoneses importaram, neste ano, um volume 0,3% inferior ao do mesmo período de 2023.

A espécie de café que o Brasil mais tem exportado em 2024 continua sendo a arábica: mais de 33,97 milhões de sacas. De acordo com o Cecafé, esse volume, 23,2% superior ao do mesmo intervalo no ano passado, é o maior da história para o período de 11 meses. Na sequência, vem a espécie canéfora (conilon + robusta).

Os cafés de qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis responderam por 17,5% das exportações totais brasileiras entre janeiro e novembro de 2024, com a remessa de 8,112 milhões de sacas ao exterior. Esse volume é 33,5% superior ao registrado nos 11 primeiros meses do ano passado. O preço médio do produto foi de US$ 269,41 por saca, gerando uma receita cambial de US$ 2,185 bilhões, ou 19,3% do total obtido.

Crescimento das exportações baianas foi impulsionado pelos preços, que subiram 6,5%

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As exportações baianas cresceram 4,5% no mês de outubro na comparação com o mesmo período de 2023, atingindo US$ 1,14 bilhão, o maior valor para o mês em toda a série histórica. Nacionalmente, as vendas externas recuaram 0,74%.

O crescimento das exportações baianas foi impulsionado pelos preços, que subiram 6,5%, já que o volume embarcado caiu 1,8% no mês passado. Entre os destaques dos produtos que tiveram aumento nos preços médios no comparativo interanual, estão celulose, ouro, minerais, derivados de cacau e café.

As exportações para China, principal destino dos produtos baianos, aumentaram 8,7% em outubro em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já as vendas totais para a Ásia subiram apenas 0,38%. Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte subiram 50,7%, puxado pelo aumento das vendas para os EUA, que cresceram 39,4%. Para a América do Sul, as vendas caíram 27,4% e, para a União Europeia, as vendas subiram 25,6%, com destaque para a Espanha, com um aumento de 536,2%.

Reflexo da economia mais aquecida, as importações vêm crescendo desde março deste ano. A tendência ficou mais clara desde o segundo trimestre, a despeito da maior depreciação do real frente ao dólar no decorrer do segundo semestre na comparação com a primeira metade do ano. As importações baianas, em outubro, totalizaram US$ 955,5 milhões, com alta de 39,6% ante o mesmo mês do ano passado.

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