//

O jornalista Walmir Rosário apresenta livro com suas experiências nos botecos localizados numa única via pública de Itabuna, na Bahia: o Beco do Fuxico

Leia em: 3 minutos

“Crônicas de Boteco, um guia sem ordem” é um livro para quem pretende se tornar um frequentador de botequins, os que porventura tenham alguma curiosidade sobre o clima reinante neles ou aqueles clientes costumeiros da extensão do lar. O livro – por enquanto apenas em formato online (e-book) – está à disposição dos leitores no portal da Amazon, no link.

Como relata o autor Walmir Rosário, são crônicas bem-humoradas e não tenha receio de entrar para conferir qualquer um deles. Basta dar o primeiro passo, sentar, observar a clientela em volta, perguntar as especialidades da casa fazer o pedido e experimentar. Enquanto não chega seu pedido não se constranja em puxar conversa com quem está ao seu lado e pergunte qualquer coisa. Você já fez um amigo.

E essas experiências são contadas com os botecos localizados numa única via pública de Itabuna, na Bahia: o Beco do Fuxico, que já foi divido em três zonas distintas, o baixo beco, o médio beco e o alto beco. Em cada ambiente, um costume diferente, mesmo que os frequentadores, em maioria sejam os mesmos. Experimente uma boa cachaça, batida, cerveja gelada e os melhores tira-gostos.

Frequentador de botequins neste imenso Brasil e alguns países, há várias décadas, Walmir Rosário conta histórias, costumes, o espírito de corpo, o humor dos proprietários e o que fazer para se tornar mais um dessas tribos. Não se incomode se o dono do boteco não lhe trata com a deferência esperada, pois pode estar fazendo charme para lhe conhecer melhor.

No prefácio, o saudoso jornalista Tyrone Perrucho diz que o Beco do Fuxico é o templo sagrado da boemia itabunense há mais de 50 anos, como o ABC da Noite, do Caboco Alencar, destaque neste estudo de Walmir, que abrange o circuito formado pelos saudosos bares de Batutinha, do Dortas, do Mário, do Alcides Roma, do Ithiel…

Pois lá se foram também 50 anos desde que, em julho de 1969, eu me matriculei no ABC do Caboco, tornando-me nos 20 anos seguintes aluno mais ou menos aplicado dele e demais integrantes do circuito.

E Tyrone vai mais longe: Vejam só, naqueles idos, simultaneamente ao histórico desembarque do homem na Lua, eu desembarcava de uma marinete da Sulba e me acomodava num quarto da Pensão Senhor do Bonfim, em uma rua Rui Barbosa ainda longe de virar calçadão, e justamente nas imediações ficavam o ABC e os congêneres citados.

Mas é a Walmir Rosário, reconhecido expert na arte de entornar copos e na de elaborar quitutes os mais apreciados, que coube legar para a posteridade este verdadeiro compêndio de uma apreciável parte da vida mundana e boêmia de Itabuna. O roteiro etílico que é foco deste trabalho, é mais uma prova provada de que a bebida é insuperável em criar e estreitar laços sociais.

“Ele trata do cotidiano da mesa de bar onde toda sorte de gente despreocupada, ou nem tanto, costuma se reunir para jogar conversa fora, aí incluídos o ato de festejar a vida e de reformar o mundo”, conclui Tyrone Perrucho.

Notícias mais lidas

Outros assuntos