O vereador de Itabuna, Manoel Porfírio (PT), concedeu uma entrevista ao jornalista Oziel Aragão e criticou a postura do ex-prefeito da cidade, Geraldo Simões (PT), de buscar o apoio do MDB para tentar viabilizar a pré-candidatura nas eleições de outubro. Para o edil, o ex-gestor está sendo incoerente ao fazer uma aliança com o grupo que apoiou o processo de impeachment da ex-presidente da República, Dilma Rousseff (PT).
Para Porfírio, o grupo liderado por Simões está se juntando com adversários políticos: 📌 “Eles se juntaram agora com o cara que conduziu o golpe [Lúcio Vieira Lima]. O povo não é bobo! Eduardo Cunha era do MDB. Augusto Castro fez o L de Lula e foi para a campanha de Jerônimo. Ele veio, não fomos nós que fomos, não! Ele veio para a aliança do PT. E, agora, eles se juntaram com quem fez o golpe. Olha a incoerência disso daí! Isso é choro de perdedor! (…) Geraldo orquestrou a vaia contra Geddel em Ilhéus e, de uma hora para outra, virou um super herói”.
Em resposta às declarações de Porfírio na entrevista de rádio, o ex-deputado federal e presidente de honra do MDB na Bahia, Lúcio Vieira Lima, gravou um vídeo e divulgou nas redes sociais. Geddel disse, inclusive, que já foi procurado várias vezes, tanto por Porfírio como pelo prefeito Augusto Castro (PSD), com propostas de uma possível aliança: 📌 “Geraldo fez o que todos querem, inclusive você. Você me liga de manhã, de tarde e de noite! Eu tenho como provar! Já me ofereceram secretaria, vice-prefeitura, vaga de deputado, e etc, mas eu nunca pisquei porque eu sempre disse que eu sou a favor de Itabuna e a atual gestão faz mal para Itabuna”.
O ex-deputado subiu o tom ao dizer que não há possibilidade de seguir o posicionamento de Porfírio e apoiar a tentativa de reeleição de Castro: 📌 “O que mais você quis foi beber dessa água, mas não bebeu porque eu fechei a garrafa. Você quer o meu apoio e o prefeito quer o meu apoio. Não vou apoiar! Não adianta conversar!”.
Sobre a afirmação de Porfírio de que Lúcio foi um dos responsáveis pela retirada da ex-presidente Dilma do cargo, o experiente político foi categórico ao dizer que participou de um processo previsto na legislação: 📌 “Comandei sim! Na Câmara, fui um dos comandantes. Comandei um processo de impeachment, mas vocês chamam de golpe por conveniência. Golpe é o que o atual prefeito fez, que prometeu tudo e não deu nada. Foi golpe contra o povo!”.