Morador de Macarani, no sudoeste da Bahia, o pequeno Bruno começou a apresentar as primeiras complicações de saúde quando tinha sete anos de idade. O menino teve dores de cabeça e tosse persistente. Os pais o levaram ao médico e, depois de uma bateria de exames, descobriu-se um tumor no cérebro da criança.
A descoberta do tumor ocorreu em 2022, e Bruno foi encaminhado para o Serviço de Oncologia da Santa Casa de Itabuna, onde segue recebendo assistência. Na primeira fase do tratamento, o médico indicou 30 sessões de radioterapia, uma opção que enfrenta uma certa resistência, pois o paciente fica em uma máquina numa sala sozinho.
Para superar essa e outras barreiras no tratamento do paciente infantil como Bruno, as enfermeiras Érika Mascarenhas e Thyciane Santana, do Serviço de Oncologia da SCMI, decidiram implantar, na unidade de Radioterapia, o “Heróis da Rádio”, baseado em um projeto de iniciativa do Hospital de Câncer de Barretos (SP), que tem gerado bons resultados no tratamento dos pacientes.
ATENDIMENTO HUMANIZADO
Com o projeto, super-heróis como Homem-Aranha, Batman e Capitão América deixam os quadrinhos e as telas dos cinemas para estampar as máscaras usadas no tratamento de radioterapia infantil. “A ideia é mexer com imaginário do paciente que está passando um problema muito sério e que precisa encarrar uma sala fria e um processo incomodo durante as sessões. A iniciativa da máscara visa a oferta de um atendimento mais humanizado, com objetivo de minimizar os impactos gerados pelo tratamento, além de um ambiente acolhedor”, explica Érika Mascarenhas.
As enfermeiras Thyciane Santana e Érika Mascarenhas avaliam que as máscaras com desenhos dos corajosos heróis que enfrentam e vencem os terríveis vilões ajudam acalmar os pacientes. “É um desafio tratar a criança com a radioterapia, pois é difícil mantê-la imóvel na máquina durante as sessões. O uso do acessório facilita nesse processo”, observa Thyciane Santana.
Mãe do pequeno Bruno, primeiro paciente a fazer o uso da máscara personalizada no Serviço de Radiologia da SCMI, dona Maria Souza Santos aprovou a iniciativa. “Foi ótimo porque Bruno se empolgou com o desenho do herói num material produzido exclusivamente para ele e fazia questão de vim para as sessões”, recorda-se a mãe do paciente. O menino, hoje, com oito anos, usou o acessório com a pintura do Homem-Aranha”.