Na manhã desta quarta-feira (23.abril), o Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região promoveu um protesto em frente à agência do Santander, no centro da cidade. A manifestação integra a campanha nacional do movimento sindical contra a precarização das relações de trabalho e a prática de pejotização adotada por grandes instituições financeiras.
O alvo da crítica é a transferência de funcionários para empresas do próprio grupo, como F1rst e Tools, com classificações diferentes da atividade bancária — uma manobra que, segundo os sindicatos, visa driblar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Com isso, trabalhadores perdem direitos como participação nos lucros, piso salarial da categoria, jornada regulamentada e representação sindical.
Embora o Santander tenha ampliado seu quadro funcional de 47,8 mil para 55,6 mil trabalhadores entre 2019 e 2023, a expansão esconde o que o sindicato classifica como “estratégia de precarização”.
A polêmica ganhou fôlego após a decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, que suspendeu todos os processos sobre pejotização ao reconhecer a repercussão geral do Tema 1.389. A medida é vista como um retrocesso pelos sindicalistas, que acusam o Supremo de “silenciar a Justiça do Trabalho”.