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POLÊMICA❗ Funcionários da Biosanear diminuem expediente de coleta de lixo após ter reajuste salarial negado; sindicato pode deflagrar greve a partir de terça-feira

Prefeitura de Itabuna não paga Biosanear há três meses; empresa alega que atraso impede maior reajuste salarial

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Augusto Castro agendou uma reunião com o representante da Biosanear e com um representante do Sindilimp para a próxima segunda (6.novembro) em Salvador.

São três meses de atraso, o que pode chegar a R$ 7 milhões.

Os funcionários da empresa Biosanear, responsável pela coleta de lixo em Itabuna, estão tentando negociar o reajuste salarial, mas, até o momento, não houve acordo. Por causa dessa situação, os profissionais diminuíram a carga horária de trabalho desde a última quarta-feira (1º.novembro) e, no feriado de ontem (2.novembro), paralisaram completamente as atividades.

O resultado dessa ação, claro, é que as ruas e avenidas do município estão repletas de lixo. Até o momento, a Biosanear ofereceu 8% de reajuste, mas a categoria, por meio do Sindilimp, está pedindo 12%. Caso não haja um entendimento entre as partes, uma greve vai ser deflagrada a partir da próxima terça-feira (7.novembro) e apenas 30% dos funcionários vão trabalhar.

Lixo acumulado na Avenida Cinquentenário, região central de Itabuna.

Este Pauta Blog manteve contato com Léo Chaves, atual diretor da Biosanear, que esclareceu que a empresa não consegue oferecer um reajuste maior porque a prefeitura não realizou os pagamentos referentes aos meses de agosto, setembro e outubro: 📌 “Não existe atraso da empresa com os funcionários. Existe, realmente, um atraso da prefeitura com a empresa. É um atraso razoável, mas não foi esse caso específico que aconteceu. Por conta dos atrasos com que a empresa vem recebendo, fica difícil negociar com o sindicato, mas esse não é o caso. São três meses de atraso, o que pode chegar a R$ 7 milhões. O município está se empenhando pra pagar, eles estão passando dificuldades por causa da queda do FPM. Até o final do ano, eles esperam que consigam voltar a pagar”.

Nós também conversamos com José Carlos, presidente do Sindilimp, que disse que a situação caótica se resume à falta de compromisso do poder público com a empresa Biosanear: 📌 “A prefeitura não está pagando a empresa e a empresa não quer dar reajuste aos trabalhadores. Estamos em efeito ‘tartaruga’ trabalhando duas horas a menos pela manhã e duas horas a menos à tarde. Se não chegarmos aos 12%, a partir de terça-feira, a gente decreta o estado de greve e só vai trabalhar 30% da frota. Quero pedir a prefeito que pague a empresa pra não ficar dando dor de cabeça ao sindicato!”.

Praça Olinto Leone, uma das principais de Itabuna, repleta de lixo durante feriado.

A situação é ainda pior porque, diante da paralisação parcial/total das atividades nos últimos três dias, a prefeitura colocou algumas equipes para realizar a coleta de lixo, porém o material foi descartado irregularmente. A denúncia foi feita pelo vereador Danilo da Nova Itabuna (União Brasil), que, inclusive, já acionou a gestão municipal: 📌 “Eu verifiquei que a equipe da prefeitura estava recolhendo lixo e jogando na ADEI e não pode estar jogando lixo na ADEI. Eles me garantiram que iriam tirar hoje, então, amanhã, vou lá ver se tiraram o lixo. Se não tirarem, é Ministério Público neles!”.

A assessoria de comunicação da prefeitura emitiu uma nota onde classificou a situação como reflexo de uma pressão do sindicato no contexto da campanha salarial: 📌 “Não há greve. Há pressão do sindicato contra a empresa Biosanear em decorrência da campanha salarial da categoria. A prefeitura de Itabuna não recebeu nenhum comunicado, apesar do movimento iniciado ontem. A coleta domiciliar de lixo está normal em toda a cidade”.

⚠️ Apesar da assessoria dizer que não foi comunicada, o prefeito Augusto Castro agendou uma reunião com o representante da Biosanear e com um representante do Sindilimp para a próxima segunda-feira (6.novembro) em Salvador. O objetivo é que os três consigam dialogar e resolver o impasse para que a população de Itabuna não seja ainda mais prejudicada.

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