A segunda fase da Operação USG, deflagrada nesta terça-feira (18.novembro), resultou na prisão de nove suspeitos, entre eles um vereador, dois ex-secretários de Saúde e outros investigados ligados ao esquema, como médicos e empresários do setor. As equipes da Polícia Civil cumprem mandados em Formosa do Rio Preto, na Bahia, e nas cidades de Corrente e Bom Jesus, no Piauí.
As investigações revelaram a existência de uma estrutura criminosa voltada para o desvio de verbas da saúde pública. O núcleo central da organização era formado pelos ex-secretários municipais que, com o auxílio de familiares e empresários, controlavam contratos de clínicas e laboratórios credenciados pelo município.
Entre os envolvidos, estão médicos apontados como sócios formais de empresas de fachada e diretores hospitalares responsáveis por validar procedimentos jamais realizados. Relatórios técnicos identificaram que clínicas credenciadas figuravam entre as utilizadas para viabilizar o esquema.
O mecanismo de fraude incluía a emissão de exames, plantões e atendimentos fictícios, além de lançamentos totalmente incompatíveis com a dinâmica assistencial do município. Uma das irregularidades identificadas foi a quantidade de ultrassonografias, considerada nove vezes superior à média regional. Também foram constatados exames superfaturados, valores de medicamentos acima do teto da Anvisa, duplicidade de lançamentos e notas fiscais utilizadas para mascarar serviços inexistentes.











