A 7ª Festa Literária de Ilhéus, que aconteceu entre 13 e 15 de novembro, atraiu mais de 20 mil visitantes para o Centro de Convenções. A coordenação do evento ficou por conta do curador, Emmanuel Mirdad, das professoras Camila Gusmão, Dinalva Melo e Rita Argollo, além da antropóloga Bárbara Fálcon, do dramaturgo e gestor cultural Romualdo Lisboa (Artes), do presidente da Academia de Letras de Ilhéus, Pawlo Cidade, e da jornalista Vanessa Dantas, coordenadora-geral da 7ª FLI.
A onipresença da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a autodescrição e os espaços adaptados para pessoas com limitações motoras foram marcas da acessibilidade na Festa Literária de Ilhéus. Um dos momentos mais marcantes da FLI foi a intervenção da jovem itabunense Mariana, que é surda, e se comunicou com o escritor moçambicano Mia Couto, com a ajuda de uma das tradutoras de Libras do evento.
A 7ª FLI também recebeu outros autores de destaque, a exemplo de Ailton Krenak, Emília Nuñez, Francisco Bosco, Ana Suy, Trudruá Dorrico, Deco Lipe, Clara Alves, Ian Fraser, André Vianco e Alexandre Coimbra. Já a programação artística contemplou diversas linguagens, manifestações populares e gêneros musicais, com o show do cantor Silvano Sales encerrando a programação.
A FLI destinou boa parte do material reciclável usado no evento ao Projeto Casa Alegria, da zona rural de Serra Grande, distrito de Uruçuca. A iniciativa reúne mulheres que trabalham no reaproveitamento de banners, retalhos de tecido, lonas e outros materiais para a confecção de produtos como toalhas de mesa, panos de prato, bolsas, sacolas e jogos americanos.