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O Blog do Velame, de Rafael Velame chega ao fim. O fundador e editor publicou uma postagem no seu próprio blog e em suas redes sociais comunicando o porquê, o jornalista diz que está cansado.

Rafael Velame disse que seguirá atuando profissionalmente na comunicação corporativa, empresarial e com marketing político.

Leia a íntegra do seu texto de despedida:

Os sinos dobram e os blogs acabam

4.745. Essa é a quantidade estimada de dias ininterruptos que me dediquei ao Blog do Velame desde 2008. Isso sem contar os anos anteriores dedicados ao Portal FSonline, Blog da Feira e Bahia Agora, veículos nos quais também trabalhei e ajudei a construir. Uma vida toda dedicada ao jornalismo online independente. Agora, em agosto de 2021, decidi colocar um ponto final nessa web-história.

O que mais ouvi das poucas pessoas para as quais antecipei o fim do Blog foi o questionamento: por quê? E a resposta é: não existe um motivo especifico. Talvez seja pelos mesmos motivos pelos quais os sinos de Hemingway dobram.

Cansei. É o máximo que consigo explicar. Um amigo mais precipitado palpitou: “o sistema lhe venceu”. Até refleti sobre, mas não foi isso. O sistema não me venceu, porém, me cansou.

Fazer jornalismo independente no Brasil é muito difícil. Na Bahia, mais ainda. Em Feira de Santana então… nem se fala! Já tive milhões de motivos para desistir desde quando tudo começou: processos, agressão, ameaças, discussões, falta de apoio dos colegas e do meio publicitário. Nenhum desses problemas me fez ou me faria querer desistir. Sempre existiram outros milhões de motivos para continuar. E por isso segui até agora.

Eu criei uma regra própria e sempre evitei quebra-la: o Blog deveria ser atualizado diariamente. Todo dia, por menos relevante que fosse, haveria uma atualização no blog. Fiz isso durante os últimos 13 anos. Desta forma, entre simples notícias sobre o cotidiano feirense e reportagens investigativas exclusivas, o Blog do Velame deixou sua marca de coragem e pioneirismo em Feira de Santana e isso, nem o mais cruel detrator, pode negar.

Os últimos meses, com a famigerada pandemia, foram de muita dedicação para deixar todo feirense bem informado, principalmente sobre o andamento da vacinação contra Covid-19. Considero como a última missão importante do blog. Mais uma cumprida com sucesso.

Enfim, para alegria de muitos, tristeza de alguns e alívio de outros tantos, essa é a última postagem do Blog do Velame. O cansaço que me levou a essa decisão não é uma derrota. Não faço com tristeza ou mágoa de algo. Ela só traduz um desejo pessoal de mudança; de virada de página.

Deixaremos de existir no endereço blogdovelame.com e .com.br, mas a página no Instagram @BlogdoVelame segue ativa e sendo conduzida por profissionais da minha confiança, abordando assuntos relacionados à Feira de Santana, sendo uma curadoria de notícias, curiosidades, entretenimento e personagens da Princesa do Sertão.

Vez ou outra, reaparecerei dando pitaco no meu Twitter pessoal sobre o que bem entender.

Entretanto cabe esclarecer que eu, Rafael Velame, me afasto das atividades relacionadas ao jornalismo (blog, podcast, rádio). Sigo atuando profissionalmente na comunicação corporativa, empresarial e atuando com marketing político.

Inclusive, caso você ou sua empresa precise de estratégias em comunicação, marca um café comigo. Se não render negócios, ao menos, vai ouvir boas histórias. Também vou aproveitar para dedicar mais tempo ao projeto de escrever livros e ao trabalho voluntário no Dados Abertos de Feira.

No mais, não poderia terminar essas linhas sem agradecer minhas amigas Bia, Eveline e Dani e aos parceiros Alexandre Gomes e Márcio Britto por estarem comigo desde o início, até o fim, se é que esse é um fim.

Muito obrigado, para quem merece!

Rafael Velame

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Jornalista é exemplo de que nunca é tarde para recomeçar

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Aos 80 anos, o jornalista Boris Casoy está de volta à universidade. Ele começou a cursar medicina veterinária na Universidade Cruzeiro do Sul no segundo semestre deste ano e, por enquanto, as aulas acontecem online no período noturno por causa da pandemia da Covid-19.

O apresentador da TV Gazeta informou que, apesar da nova carreira em curso, não vai se afastar da comunicação. Ele deixou claro essa mensagem quando questionado se desistiria da televisão: “Vou manter todos os meus compromissos jornalísticos, inclusive o Jornal do Boris”.

Casoy tem mais de 65 anos de carreira e, atualmente, apresenta um jornal na TV Gazeta, onde foi contratado no ano passado logo após ser demitido da RedeTV!. Ele tem uma carreira consolidada e é considerado alguém de personalidade forte por sempre se posicionar em relação a temas sensíveis e polêmicos.

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Manuel Leal de Oliveira

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Manuel Leal de Oliveira foi uma figura ímpar do Sul da Bahia. Eclético e desinibido, sempre esteve presente nas mais diversas ocasiões relevantes da política e da economia regional. Morou um tempo na Guanabara e São Paulo. Na capital carioca, trabalhou nos jornais Última Hora e Jornal do Commércio. Após tirar a “sorte grande” na Loteria Federal, volta a Itabuna.

Já em terras grapiúna, Manuel Leal adquire, com os recursos da premiação, uma fazenda em Firmino Alves (ex-Itamirim), onde por muito tempo ocupou cargos e a presidência do Sindicato Rural. Como sindicalista patronal rural, demonstrou prestígio e fez parte da diretoria do outrora Conselho Consultivo dos Produtores de Cacau-CCPC), chegando a ocupar cargos importantes, como a Secretaria.

Foi sócio de alguns empreendimentos, entre eles uma fábrica de balas e uma indústria de química que fabricava água sanitária e alvejante: a Alvex. Usando sua experiência adquirida na área de marketing dos jornais do Rio de Janeiro, promoveu uma revolução na comunicação de Itabuna, junto com o jornalista Cristóvão Colombo Crispim de Carvalho, ao promover o lançamento do produto utilizando o teaser.

Manuel Leal possuía verve afiada e uma facilidade incrível de fazer amigos – desafetos também –, tornando uma pessoa importante na sociedade regional. Foi fiscal da Prefeitura de Itabuna e, em seguida, nomeado fiscal do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários (IAPC), que mais tarde se tornou o Instituto Nacional de Previdência Social (INSS), após a unificação do sistema.

Vida estabilizada – cacauicultor, empresário, funcionário público –, Manuel Leal sempre teve uma grande paixão: o jornalismo. Ainda estudante do Colégio Divina Providência, fundou o polêmico jornal A Terra, que lhe tornou ainda mais conhecido. Logo depois criou o Tribunal Regional, que fizeram história ao falar abertamente do cotidiano, da economia e da política, sempre com uma linguagem afiada, o que não agradava os poderosos.

Desde estudante que era considerado comunista, embora se relacionasse perfeitamente e com destaque com pessoas das mais diversas classes sociais e ideologias, seus amigos e de sua família. De vez em quando um comunista famoso procurado pela polícia era abrigado em sua casa ou fazenda, com todas as honras e mesuras que merecia, a pedido dos tantos amigos.

Em 1987, junto com o escritor e jornalista Hélio Pólvora, Manuel Leal funda os jornais Cacau Letras e A Região, dois jornais elaborados com esmero e que – de cara – ocuparam o merecido lugar na comunicação estadual. E A Região conseguiu chegar ao clímax, influenciando o pensamento e a política regional. E o jornal passou a ser aguardado aos sábados pelo conteúdo altamente polêmico.

Além de Hélio Pólvora, passaram pelo A Região editores e repórteres da mais alta linhagem do jornalismo sulbaiano, mantendo, sempre, o tom “manuelino” que fez história na comunicação regional. Algumas semanas a tiragem de 5 mil exemplares era insuficiente para atender aos ávidos leitores e a gráfica tinha que se desdobrar para aumentar o número de exemplares.

Lembro-me quando editor de A Região – junto com Daniel Thame – inovar na diagramação do jornal, modificando, inclusive, a primeira página para aproveitar uma grande notícia de última hora. Não raro, jornal na gráfica, nos livrávamos das chamadas da primeira página, substituindo-a por um tijolão de três laudas e uma foto de um fato que não poderia deixar de ser publicado.

Com todas essas atividades, Manuel Leal nunca deixou de ser o fiscal do INSS, fiscalizando empresas das cidades baianas. Numa dessas viagens tinha como motorista o seu fiel escudeiro José Emanoel Aquino, o conhecido “Cambão”. Ao se aproximar do posto da Polícia Rodoviária Federal, em Itamaraju, o policial fez o sinal para o veículo em que viajavam parar para fiscalização.

Assim que o policial se aproximava do carro, Manuel Leal sacou do bolso da camisa uma carteira de couro com as armas da República contendo sua carteira funcional do INSS, e brandiu:

– Fiscal federal do INSS. Estou a serviço! – exclamou.

Tranquilo, o policial rodoviário não se intimidou com a carteirada e retrucou em quente:

– E o senhor quer dizer que eu estou aqui brincando, não é…Favor passar os documentos do veículo e do condutor – pediu.

Como não estava acostumado a ser retrucado com veemência, Manuel continuou a viagem até Medeiros Neto sem dar uma palavra com seu amigo “Cambão”.

Manuel Leal foi assassinado após uma denúncia feita pelo jornal A Região. Hoje o jornal é mantido na forma digital pelo seu filho, o jornalista Marcel Leal. 


Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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Avenida Soares Lopes, em Ilhéus

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Confesso que me inspirei em crônica do Zé Nazal publicada recentemente no blog do Walmir Rosário sobre o “narrador Dalton Gomes”. O empresário e radialista Paulo Kruschewsky realmente tinha cada uma…

De uma certa feita Paulo Kruschewsky combinou com Jorge Caetano e Seara Costa, seus dedicados repórteres, que “sumiriam” dentro da radio e transmitiriam o clássico entre as seleções de Ilhéus e Vitória da Conquista, diretamente da terra do frio, pela Rádio Sociedade da Bahia. “Apareceriam” somente na segunda feira. Assim combinado. Assim feito.

Entretanto, eles não contavam com o famoso imponderável da época nas transmissões pelo rádio.

Aos 35 minutos do primeiro tempo ocorre um pênalti a favor dos ilheenses. Vai para a cobrança o jogador Deco… e “puf” a Radio Sociedade sai do ar… Paulo olha para Seara e este para Caetano… e o Kruschewsky diz: “O Deco não é de perder pênalti. Vou gritar gol…”

Imaginem o suplício de Paulo Kruschewsky e da equipe até a Sociedade voltar ao ar aos 15 minutos do segundo tempo. E o locutor dizia: “O tempo e o placar na terra do frio: Ilhéus 1, gol de Deco cobrando pênalti aos 35 do primeiro tempo; Vitória da Conquista 0.” E o Paulo exclamou: “Eu não disse… Eu não disse…”

E para a alegria de Paulo Kruschewsky e de sua equipe o jogo terminou 1 a 0. Era tanta a alegria que Paulo nem ligou para que Conquista ficava 250 quilômetros distante e meia hora depois foi comemorar com os torcedores ali mesmo com os ilheenses na avenida Soares Lopes…


Ramiro Aquino é jornalista, radialista e cerimonialista.

*A análise do colunista não reflete, necessariamente, a opinião de Pauta.blog.br

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Legenda: A imunização é importante para profissionais de todas as idades // Foto: Bahiana Noticias

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O Vice-Diretor Regional Sul do Sindicato dos Jornalistas, Valério Magalhães, e o Presidente do Sindicato dos Radialistas de Ilhéus, Monoelito Puentes, informam que muito em breve serão vacinados contra a covid-19 os profissionais de comunicação com menos de 40 anos.

A campanha para vacinação desse público tem sido forte do Sindicato dos Jornalistas na Bahia, e como resultado, aqueles com mais de 40 anos já foram imunizados. Segundo Valério e Manoelito, o êxito da campanha de vacinação foi fruto da parceria entre Secretaria de Saúde de Ilhéus e representantes da classe.

E ainda explicou que inicialmente a campanha de vacinação para os profissionais de imprensa abordou o nível de acometimento da doença nesses trabalhadores. Contudo, em Ilhéus, os profissionais abaixo de 40 anos serão imunizados com a chegada de novas doses.

“São critérios estabelecidos, que nós entendemos e respeitamos perfeitamente. No entanto, o secretário Geraldo Magela já nos antecipou que ao depender da chegada de novas doses, ele irá baixar o nível de idade para os profissionais de imprensa serem vacinados”, disse. Da Bahiana Noticias

Uma boa oportunidade para quem está fora do mercado

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Jornalistas com mais de 60 anos e que tem grande habilidade com a comunicação oral, escrita e bom relacionamento interpessoal.

Este é o perfil profissional que a RT360 procurndo – empresa responsável por uma revista voltada para o segmento de tecnologia.

O trabalho é remoto, como freelance, e o diferencial contratar jornalistas que não estão no mercado de trabalho e trazê-los de volta à ativa. “A ideia é movimentar quem está parado. Dar oportunidade para quem gosta de escrever!”, reforça o anúncio da empresa que pode ser conhecida no site www.RT360.com.br.

Quem tiver interesse, podem enviar contato para editor@rt360.com.br, WhatsApp (11) 98825-9170 ou pelo LinkedIn da RT360. 

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A vacinação destes profissionais tem sido mostrada que é fundamental

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Pesquisa divulgada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) mostra que, na média, ao menos um comunicador do país não tem resistido à luta contra a Covid-19. Os dados são referentes ao primeiro quadrimestre deste ano.

De acordo com números revelados agora, de 1º de janeiro a 30 de abril e 2021, 124 jornalistas morreram em decorrência da Covid-19 no país. Na média, 31 óbitos por mês. Registros que mostram crescimento no comparativo com 2020. No ano passado, no recorte para profissionais da imprensa, a média mensal de mortes foi de 8,3.

Com a aceleração de vítimas no primeiro quadrimestre, a Fenaj contabiliza 213 jornalistas mortos no Brasil por causa do novo coronavírus. No geral, o país contabiliza mais de 441 mil mortes em decorrência da doença viral — ficando somente atrás dos Estados Unidos no total absoluto de óbitos. 

A decisão da CIB será publicada no Diário Oficial do Estado de amanhã, 5ª feira (20.maio)

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A Comissão Intergestores Bipartite (CIB) aprovou a inclusão de jornalistas com idade superior a 40 anos na vacinação contra Covid-19. O grupo prioritário abrange ainda fotojornalistas, repórteres cinematográficos e blogueiros registrados.

Na reunião, ficou definido ainda que 70% das doses recebidas serão destinadas à continuidade da vacinação de grupos prioritários definidos no Plano Nacional de Imunização. Os demais 30% serão usados para vacinar a população em geral, com idade de 59 a 18 anos, de forma escalonada. 

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